Usamos cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Laudos do Mercadão são emitidos, mas não elucidam causas do incêndio

Por outro lado, depoimentos confirmam que fogo teria começado em uma loja de aquários


Por Carlos Gomide Publicado 27/01/2021
Foto: Roberto Gardinalli/Educadora

A perita criminal Elisa Lima Coelho, responsável pelo laudo das causas do incêndio do Mercado Modelo, ocorrido em abril do ano passado, entregou os cinco documentos à Polícia Civil de Limeira. O trabalho foi realizado em conjunto com um perito de Americana, responsável por analisar imagens das câmeras de segurança do prédio. Foram relacionados, no mínimo, cinco equipamentos instalados em locais próximos ao responsável pelo início do incêndio. No entanto, a Perícia conseguiu acessar apenas uma das câmeras. Ela estava instalada próxima à administração Mercadão e captava imagens do primeiro corredor, paralelo a Rua Barão de Cascalho.

Nos outros laudos, a equipe de peritos cita ter conseguido acesso bem restrito aos equipamentos, pois as imagens eram protegidas por senhas. Em duas câmeras é possível ver algumas cenas, mas sem importância para a elucidação do caso. Foi necessária a colaboração da fabricante do equipamento para tentar quebrar a criptografia das imagens.

DEPOIMENTOS

Enquanto esperavam os laudos, os policiais responsáveis pela investigação do caso ouviram quatro pessoas. Uma faxineira, de 39 anos, que disse ter sido a primeira a perceber o fogo. Ela contou que estava comendo no refeitório, quando sentiu um cheiro forte de queimado. A mulher, então, desceu as escadas e percebeu uma fumaça vindo do corredor e começou a alertar as outras pessoas sobre o incêndio.

Outras três pessoas, todas elas comerciantes, também estavam no prédio e foram ouvidas pelas autoridades. Em depoimento, uma delas afirmou que quando foi avisado do que estava acontecendo, percebeu que uma loja de aquários estava com um foco de incêndio. Foi ali que, segundo essa testemunha, o fogo teria começado.

Houve ainda a tentativa, com sucesso, de combater o foco, que estava na parte de trás e baixa da loja, mas que o fogo já havia se alastrado para a caixa de força, atingido assim o sistema elétrico do prédio.

As imagens captadas pela câmera que filmava o corredor flagrou ainda a tentativa de combate ao incêndio com mangueiras. Porém, as bombas do sistema de hidrantes não funcionaram, pela falta de energia elétrica. Em conversa com a reportagem da Educadora no dia do incêndio, testemunhas contaram que tiveram de abrir as portas do prédio a mão (pois a energia havia sido desligada) na tentativa de conter as chamas.

Segundo a polícia, com a entrega do laudo e as oitivas já feitas, o inquérito deve ser remetido ao Fórum, sem apontar causas e responsáveis pelo acidente.

✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.