Motorista fica quase 10 horas amarrado em morro após assalto
Homem, de 34 anos, ficou quase dez horas amarrado, no alto do morro do Urubu, na zona leste de São Paulo
Um motorista de aplicativo, 34 anos, ficou quase dez horas amarrado, no alto do morro do Urubu, na zona leste de São Paulo, após ser assaltado por três ladrões. Ele foi encontrado por policiais no local, por volta das 7h30 desta quarta-feira (10). O trio de criminosos não havia sido identificado até a publicação desta reportagem.
Segundo o motorista disse à Polícia Militar, ele foi acionado para realizar uma corrida, por volta das 22h desta terça-feira (9), na estrada do Iguatemi, no bairro Cidade Tiradentes (zona leste da capital paulista). No local, os criminosos embarcaram em seu carro, um Fox preto.
Durante o trajeto, os ladrões anunciaram o assalto. Eles amarraram as mãos e pés da vítima, que foi abandonada no alto do morro do Urubu, que fica a cerca de 2,3 quilômetros do local do assalto.
Segundo vídeo feito pela PM, a vítima disse que foi deixada no meio de um matagal e que conseguiu, pulando, chegar até um ponto do morro de onde pediu por ajuda. Moradores da região ouviram os apelos do motorista, e acionaram a polícia.
Ao chegarem ao alto do morro, PMS cortaram as amarras dos punhos e calcanhares do motorista, que afirmou que não conseguia andar. “Estou muito machucado”, afirmou aos policiais.
Segundo a PM, a vítima apresentava quadro de hipotermia (temperatura corporal reduzida), além de mãos e pés inchados, por conta da falta de circulação sanguínea, provocada pelas amarras usadas pelos criminosos na vítima. A temperatura mínima a região chegou a 8,4 graus célsius, de acordo com o CGE Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas), da gestão Bruno Covas (PSDB).
O motorista foi encaminhado ao pronto-socorro do hospital Cidade Tiradentes. Segundo a mulher dele, uma técnica de enfermagem de 33 anos, o companheiro permaneceu em observação, até por volta das 18h30 desta quarta-feira, quando teve alta. “Como ele ficou sem circulação por muitas horas [nos pés e mãos] os médicos avaliaram se não havia risco de complicações”, explicou a mulher.
A vítima trabalha como gráfico e atuava como motorista de aplicativo, há cerca de seis meses, para complementar a renda. Seu carro não havia sido localizado até publicação desta reportagem.
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