Mulher pede medida protetiva após perseguição do ex-companheiro em Limeira
Separação recente teria intensificado conflitos; homem nega ameaças e diz querer reatar o relacionamento
Uma mulher de 45 anos, moradora do Parque Residencial Anavec II, em Limeira (SP), procurou a delegacia na tarde desta quarta-feira (10) para pedir medida protetiva contra o ex-companheiro, de 42 anos. Ela relatou estar com medo e afirmou que o homem tem ido diariamente à porta de sua casa desde a separação, ocorrida há um mês.
Segundo a mulher, o relacionamento de quatro anos sempre foi marcado por discussões. Ela contou que, nas brigas, o ex costumava sair de casa e ir para a residência da mãe. Quando retornava, após beber, os conflitos recomeçavam. Afirmou ainda que, no início do ano, foi agredida com socos no rosto, mas não registrou a ocorrência na época. Outro episódio mencionado foi o amassado causado na lataria de seu carro, após um chute do então companheiro.
Com o fim da convivência, a mulher disse que o ex não aceita a separação e tem a procurado diariamente, o que a faz se sentir perseguida e ameaçada. Ela relatou também um impasse financeiro: teria se comprometido a pagar um valor ao ex, mas afirmou que não possui condições no momento. Segundo ela, o homem usa essa cobrança como motivo para continuar indo até sua casa.
Aos policiais, a mulher disse que teme pela própria integridade física e emocional e pediu urgência na concessão da medida protetiva de afastamento.
O homem, que acompanhou voluntariamente a ex até a delegacia, apresentou outra versão. Ele declarou que o casal ainda se ama e que acredita não ter feito nada errado. Contou que a ex pediu um “tempo” no relacionamento e que, se tivesse respeitado esse pedido, acredita que a situação estaria resolvida. Admitiu procurá-la com frequência, pois deseja reatar.
Ele negou qualquer agressão e afirmou que as discussões sempre foram comuns ao relacionamento, sem violência física. Disse ainda que ajudou financeiramente a ex em diferentes momentos, incluindo o pagamento de uma multa de trânsito e despesas relativas à mãe dela. Segundo ele, a cobrança recente desse dinheiro ocorreu apenas por impulso, durante uma briga.
O caso foi registrado e segue para análise da Justiça, que deverá avaliar o pedido de medida protetiva feito pela mulher.
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