Pai percorreu mais de mil quilômetros com corpo do filho Bernardo no carro
O assassino chegou o corpo do garoto com a cadeirinha infantil às margens de uma rodovia em Palmeiras (BA)
Provas colhidas ao longo da investigação sobre a morte do menino Bernardo, de um ano e 11 meses, indicam, segundo a Polícia Civil, que Paulo Roberto de Caldas Osório, 45 anos, matou o filho antes mesmo de pegar a estrada em direção a Bahia. O assassino confessou que deu uma superdosagem de medicamento controlado para o garoto, que começou a passar mal em sua casa, na 712 Sul. Osório percorreu 1.035 km com o corpo até Campos de São João, zona rural de Palmeiras (BA), onde o jogou às margens da rodovia, com a cadeirinha infantil.
“Ele comprou um conjunto de roupa para a criança. É a mesma que Bernado usava quando foi encontrado morto por um morador do município baiano. As vestimentas não foram reconhecidas pela família da mãe. Osório saiu de casa, na Asa Sul, às 20h52 de sábado (29), e deixou a televisão ligada. Não levou mantimentos, mala e um tablet que, de acordo com a mãe, era objeto inseparável do filho. Acreditamos que até mesmo essa troca da roupa foi premeditada para dificultar a identificação do corpo”, explicou o delegado-chefe da Delegacia de Repressão ao Sequestro (DRS), Leandro Ritt.
As investigações apontam que, às 21h20 de sexta-feira (29), Paulo passou em um radar na Ponte do Bragueto, na Asa Norte. Dirigiu pela BR-020 até Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. “Lá, pernoitou com o menino morto no carro”, disse o delegado. O corpo foi desovado na região de Palmeiras. No sábado (30), o homem foi até Salvador. Depois, acabou preso em Alagoinhas (BA).
Com a conclusão do exame de DNA, que confirmou ser de Bernardo o corpo encontrado na Bahia, a Polícia Civil deu as investigações por encerradas. O delegado Leandro Ritt concluiu que o pai agiu sozinho.
Em tempo recorde, o Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da Polícia Civil do DF concluiu nesse sábado (07), por meio de exames genéticos, a identificação do corpo encontrado na Bahia. Com técnicas avançadas, o trabalho foi realizado em menos de seis horas.
Amostras biológicas colhidas em Itaberaba (BA), onde o corpo está, chegaram a Brasília na aeronave da PCDF por volta das 12h30. O material foi trazido pela equipe da DRS e entregue ao médico-legista e diretor do IPDNA, Samuel Ferreira.
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