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Segurança que asfixiou cliente de mercado é denunciado por homicídio intencional

Segundo a denúncia, divulgada nesta quinta-feira, 27, Davi Ricardo Moreira Amâncio estrangulou a vítima, causando-lhe as lesões que provocaram sua morte


Por Estadão Conteúdo Publicado 27/06/2019
Reprodução
Dois seguranças particulares que prestavam serviço no hipermercado Extra situado na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio) foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) por homicídio doloso (intencional), qualificado pelo emprego de asfixia, pela morte de Pedro Henrique de Oliveira Gonzaga, de 25 anos, que estava no mercado com a mãe, em 14 de fevereiro passado. A pena prevista para o crime, se houver condenação, é de 12 a 30 anos de reclusão.

Segundo a denúncia, divulgada nesta quinta-feira, 27, Davi Ricardo Moreira Amâncio estrangulou a vítima, causando-lhe as lesões que provocaram sua morte. Edmilson Felix Pereira foi denunciado pelo mesmo crime, devido à conduta omissa. Segundo o MP-RJ, ele apenas observou a conduta de Amâncio, quando, na condição de vigilante do estabelecimento, deveria ter tentado impedir o crime cometido pelo colega.

De acordo com a denúncia, a morte ocorreu por asfixia. Mesmo depois de dominar o cliente, o vigilante continuou a aplicar o movimento que impedia a vítima de respirar, o que acabou causando as lesões descritas no laudo da necropsia e que foram a causa de sua morte.

O caso

Gonzaga estava no mercado com a mãe, Dinalva Santos de Oliveira, quando repentinamente correu em direção aos seguranças. Desarmado, ele foi imobilizado e acabou asfixiado por Amâncio, enquanto Pereira observava. Socorrido, o cliente chegou vivo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Barra da Tijuca, onde recebeu os primeiros socorros. Mas ali sofreu três paradas cardiorrespiratórias e morreu.

“O menino provavelmente teve um surto, saiu correndo, o segurança correu atrás, derrubou o garoto no chão e o imobilizou Pedro estava desarmado, não tentou pegar a arma do segurança nem oferecia nenhum risco que justificasse aquela reação”, afirmou dias após o crime o advogado Marcello Ramalho, que representa a família da vítima.

Inicialmente o caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção) pela Polícia Civil. Amâncio foi preso em flagrante, pagou fiança de R$ 10 mil e foi autorizado a responder à acusação em liberdade. A reportagem não conseguiu contato com representantes dos dois seguranças denunciados, até as 16h45 desta quinta-feira.

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