Apenas 3% dos eleitores admitem abstenção no 1º turno, diz Datafolha
O Datafolha adverte que não faz, neste levantamento, uma projeção de abstenção: isso seria impossível, pois há fatores insondáveis como problemas de saúde ou de transporte dos eleitores
Apenas 3% dos eleitores brasileiros afirmam que não pretendem ir às urnas no primeiro turno das eleições deste ano, que ocorrerá em 2 de outubro. Já 96% afirmam que vão votar –92% deles com certeza e 4%, talvez. Só 1% ainda não decidiu o que fazer.
Segundo nova pesquisa feita pelo Datafolha, realizada de terça (20) a quinta (22), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está com 50% dos votos válidos na disputa, ante 35% do seu sucessor Jair Bolsonaro (PL).
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Isso colocou o debate acerca do voto útil e da abstenção no centro dos esforços da campanha do petista. Se tiver 50% mais um voto na métrica dos válidos, que o Tribunal Superior Eleitoral adota para fazer a apuração da eleição, Lula estará eleito sem necessidade de um segundo turno.
A questão da abstenção é importante para ele porque grupos que historicamente deixam mais de ir às urnas, como os mais pobres, são aqueles em que ele tem mais vantagem sobre Bolsonaro.
O Datafolha adverte que não faz, neste levantamento, uma projeção de abstenção: isso seria impossível, pois há fatores insondáveis como problemas de saúde ou de transporte dos eleitores.
Isso dito, dizem que não têm nenhuma vontade de sair de casa para o voto obrigatório (até os 70 anos, sob pena de multas e inconvenientes burocráticos) 19% dos eleitores. Outros 23% dizem ter um pouco de vontade e a maioria dos entrevistados, 57%, dizem estar animados para o pleito.
Homens e jovens têm mais vontade de votar do que mulheres e pessoas com mais de 35 anos, aponta a pesquisa. Os menos entusiasmados são os eleitores dos terceiros colocados na corrida, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), justamente os alvos prioritários de Lula nesta reta final.
Segundo o Datafolha, estão sem vontade de votar 34% dos apoiadores do pedetista (ante 28% animados) e 48% dos da emedebista (ante 27% com vontade).
O instituto cruzou os dados e identificou os grupos com menor e maior potencial de abstenção, ressalvando novamente que isso não é uma projeção.
O segmento que une aqueles com muita vontade de votar e com certeza de comparecimento soma 79% do eleitorado. Entre eles, 51% dizem votar em Lula, 36% em Bolsonaro, 6% em Ciro e 4%, em Tebet.
Na mão inversa, 16% são considerados eleitores com maior potencial de não ir às urnas por dizer que não têm vontade de votar, apesar de declarar comparecimento. Entre esses, que são mais mulheres e moradores do Sudeste, 30% dizem votar em Lula, 23% em Bolsonaro, 11% em Ciro e 3%, em Tebet.
A pesquisa do Datafolha, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, ouviu 6.754 eleitores em 343 cidades. A margem de erro dos dados globais é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%. Foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-04108/2022.
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