Base do governo estuda sessões em plenário alternativo para driblar oposição
Parlamentares contrários à prisão domiciliar de Bolsonaro ocupam o plenário principal desde terça-feira e impedem o funcionamento normal da Casa
Líderes de partidos da base do governo federal discutiram nesta quarta-feira (6), com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a possibilidade de abrir sessões legislativas em um plenário alternativo, como forma de manter os trabalhos da Casa em andamento.
A medida está sendo considerada caso a oposição insista em não desocupar a Mesa Diretora da Câmara, ocupada desde a manhã de terça-feira (5) em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Deputados oposicionistas passaram a noite no plenário principal e têm se revezado no espaço desde então.
A estratégia debatida entre Motta e os líderes da base prevê sessões com registro de presença e votações realizadas remotamente, a partir de outro ambiente dentro da Câmara. A Casa possui outros 16 plenários de comissões que poderiam ser utilizados como alternativa.
Segundo deputados que participaram da reunião, Hugo Motta não descartou a proposta e tem se reunido separadamente com integrantes da base aliada e da oposição. Uma nova reunião, com todos os líderes partidários, está marcada para acontecer na Residência Oficial da presidência da Câmara ainda nesta quarta. A expectativa é de que uma decisão seja tomada após esse encontro.
A ocupação da Mesa Diretora impediu a realização da sessão prevista para esta terça e ameaça atrasar votações importantes para o governo federal. Entre elas está o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma das prioridades do Planalto para o início do segundo semestre, embora ainda não conste na pauta oficial.
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