Bolsonaro divulga parcerias comerciais e projetos negociados em Davos
Na Suíça, Guedes teve um encontro com 20 grandes investidores para apresentar o Programa de Parcerias de Investimentos
“O ministro Guedes, na Suíça, apresentou possibilidades de investimentos em torno dos R$ 320 bilhões. O primeiro-ministro indiano Narendra Modi anunciou que parcerias com o Brasil poderão chegar aos US$ 50 bilhões até 2022. Reino Unido sinalizando acordos bilaterais, Base de Alcântara sic… Seguimos!”, diz a publicação do presidente da República. O tuíte vem acompanhado por uma imagem que faz referência à missão do governo nacional na Índia em janeiro. “Um dos maiores números de acordos assinados por um presidente brasileiro numa visita oficial, 15 no total. Assim, Brasil e Índia botam sua relação em outro nível”, diz o texto da imagem.
Na Suíça, Guedes teve um encontro com 20 grandes investidores para apresentar o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Foram escolhidos para a apresentação os 115 projetos já estruturados ou ainda em fase de estudo que compõem a carteira para 2020 e 2021, que equivalem a R$ 320 bilhões, sendo R$ 264,1 bilhões em investimentos e outros R$ 55,5 bilhões em privatizações. Isso inclui o leilão de 5G, cuja consulta pública será aberta em fevereiro, no qual Estados Unidos e China estão envolvidos numa disputa por causa da nova tecnologia.
De acordo com o governo, o edital e o leilão estão previstos para o segundo semestre deste ano. As estimativas iniciais de valor da outorga (taxa paga para explorar a concessão pública) mais os investimentos ficam em torno de R$ 20 bilhões. Guedes também apresentou a carteira com 11 ferrovias, 22 aeroportos divididos em três blocos, 19 rodovias, além da privatização de empresas como Eletrobras, Nuclep, Casa da Moeda e estudos para a desestatização da Telebras e Correios.
Quanto à missão junto ao governo indiano, a imagem usada por Bolsonaro no tuíte cita o resultado das 15 negociações, como memorandos de entendimento nas áreas de bioenergia, saúde, recursos minerais, intercâmbio cultural, acordo para facilitação de investimentos e declaração conjunta no campo da pecuária e produção leiteira.
Vale destacar que um dos principais pleitos do agronegócio levados pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, à Índia não foi atendido: a redução nas tarifas para a importação de carnes. Embora aberto para o frango brasileiro, o mercado indiano impõe tarifas de 30% para produtos inteiros, 100% para cortes de frangos e 27% para suínos.
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