Usamos cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Bolsonaro usará marco dos mil dias para viajar o país, inaugurar obras e tentar recuperar popularidade

A ideia é de que o presidente visite ao menos uma cidade de cada região e participe por videoconferência de inaugurações de impacto


Por Folhapress Publicado 25/09/2021
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na esteira do pior patamar de reprovação ao governo desde que tomou posse, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) planeja uma sequência de eventos para celebrar a semana em que completa mil dias de mandato. A ideia original do presidente é fazer viagens para todas as regiões do país, num esforço concentrado para apresentar entregas como estradas, casas populares e até hidrelétrica.


A confirmação das agendas nos estados, no entanto, depende do teste de Covid-19 que ele deve realizar neste fim de semana, após o ministro Marcelo Queiroga (Saúde) ter se infectado em Nova York. Caso o resultado seja negativo, o mandatário terá luz verde para deixar o isolamento. Com as viagens e os eventos, Bolsonaro espera recuperar parte da sua popularidade. Segundo o Datafolha divulgado na semana passada, 53% da população considera a gestão do presidente ruim ou péssima, um novo recorde.


A ideia de integrantes do Palácio do Planalto é que, liberado do isolamento, Bolsonaro visite ao menos uma cidade de cada região e participe por videoconferência de inaugurações de impacto. Durante as viagens, além das solenidades de lançamento das obras, o presidente deverá conceder entrevistas a rádios locais. A medida faz parte de uma nova estratégia de comunicação que busca dar capilaridade às ações do governo.

No dia 27 de setembro, quando o governo completa mil dias, o plano é fazer um ato no Planalto. De 28, terça-feira, a 1º de outubro, sexta-feira, Bolsonaro deve ir para Nordeste, Norte, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. As duas últimas regiões serão visitadas no mesmo dia pelo presidente, na sexta. O chefe do Executivo está sendo aconselhado a participar dos eventos mais vistosos, como inaugurações de hidrelétrica ou rodovias. Mas caberá ao próprio Bolsonaro a escolha das cidades e dos eventos que participará.


Segundo auxiliares palacianos, o chamado “entregaço” já vinha sendo organizado há pelo menos quatro meses. Foram concentradas todas as entregas de ministérios previstas para setembro em uma única semana. Estão planejados eventos que vão da alçada desde do Ministério da Defesa até a Saúde, passando por Educação, Desenvolvimento Regional, Ciência e Tecnologia e Infraestrutura, entre outros. A lista de obras está sendo finalizada. A expectativa é que sejam incluídos atos de assinatura de concessão de aeroportos e rodovias, além da liberação de trechos duplicados em estradas.


Com a série de eventos, a meta do Planalto é tentar emplacar uma agenda positiva nos estados, diante das pesquisas de opinião que mostram Bolsonaro em desvantagem em relação ao seu provável adversário no ano que vem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A mais recente pesquisa Datafolha mostrou que a corrida presidencial está estagnada, com Lula mantendo larga vantagem sobre Bolsonaro na dianteira da disputa. Comparado ao último levantamento, Lula oscilou de 46% para 44% e Bolsonaro, de 25% para 26%, numa hipótese em que o candidato tucano é João Doria (SP), que passou de 5% para 4%. Nesse cenário, Ciro Gomes (PDT) segue em terceiro (de 8% para 9%), tudo dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O petista foi de 46% para 42%, e Bolsonaro se manteve em 25%, na simulação em que o nome do PSDB é Eduardo Leite (RS) -que oscilou de 3% para 4%. A diferença no cenário com o gaúcho é que Ciro Gomes (PDT) pulou de 9% para 12%.

✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.