Bruno Covas segue na UTI, mas sem sinais de sangramento no fígado
Covas tem um câncer que surgiu na cárdia, região de transição entre o esôfago e o estômago, que sofreu metástase e se espalhou pelo fígado e pelas glândulas linfáticas do abdômem
“O prefeito Bruno Covas encontra-se em excelente estado clínico. No momento, não apresenta sinais de sangramento. Ele permanecerá internado na Unidade de Tratamento Intensivo para monitorização contínua”, diz o boletim, assinado pelos médicos Fernando Ganem, diretor de Governança Clínica do Sírio-Libanês, e por Maria Beatriz Souza Dias, diretora clínica.
Covas tem um câncer que surgiu na cárdia, região de transição entre o esôfago e o estômago, que sofreu metástase e se espalhou pelo fígado e pelas glândulas linfáticas do abdômem. A doença foi descoberta em outubro e, até fevereiro, ele deve fazer oito sessões de quimioterapia para enfrentar a doença.
O prefeito foi transferido ontem para a UTI depois de os médicos detectarem um sangramento no interior do fígado. A hemorragia apareceu quando os médicos faziam um procedimento para demarcação da lesão tumoral no fígado, que consistia na instalação de um clipe de metal na área afetada. A agulha que faria essa instalação furou o fígado e causou o sangramento, que foi contido com um procedimento de bloqueio da circulação na área afetada, algo descrito pelos médicos como “pouco invasivo”.
“Antes da realização do procedimento para estancar o sangramento ele concluiu a quarta sessão de quimioterapia. A continuidade de seu tratamento está mantida, sem alterações”, informa o boletim médico.
Mesmo internado na UTI e se recuperando da hemorragia interna, Covas decidiu divulgar uma agenda pública nesta quarta, que consistiu na visita de três de seus secretários durante esta tarde. Com aval da equipe médica, chefiada pelo infectologista David Uip, Covas decidiu não se afastar do cargo durante o tratamento. A UTI onde ele se encontra é individual.
Covas havia feito três sessões de quimioterapia até a semana passada, quando passou por uma reavaliação. Os médicos afirmaram que o tratamento estava dando resultado e os tumores detectados no prefeito estavam diminuindo. Uma mudança no tratamento, e uma possibilidade de cirurgia, só seria discutida após fevereiro, quando as sessões de químio terminassem. Esse cenário ainda não sofreu alterações.
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