Chuvas: falta ‘histórica’ de investimento colabora para estragos, diz Crivella
Prefeito do Rio de Janeiro concedeu entrevista coletiva pedindo para que a população evite sair às ruas
No início da manhã desta terça-feira, 9, mais de 12 horas após o início das chuvas, o prefeito Marcello Crivella (PRB) concedeu entrevista coletiva pedindo para que a população evite sair às ruas. Além da grande quantidade de chuvas em curto período de tempo, Crivella disse que a falta de investimento “histórica” na cidade e a falta de ajuda do governo federal colaboram para os estragos.
“Temos milhares de famílias morando em áreas de risco, temos todos os rios e lagos poluídos, 11 mil quilômetros de estradas que precisam ser asfaltadas, 750 mil bueiros entupidos”, discursou o prefeito, que alega falta de recursos. “Nossas parcerias com o governo federal, nesse primeiro ano de governo Bolsonaro, praticamente pararam”, sustentou, afirmando que até mesmo contratos que foram assinados no ano passado, na gestão de Michel Temer, dependem de autorização do atual governo para serem colocados em prática.
As aulas da rede municipal de ensino foram suspensas. “Decretamos feriado nas escolas e pedimos para que ninguém que não precisa saia às ruas. As chuvas que caíram são anormais, nenhum de nós esperava um volume desses”, disse Crivella durante entrevista no Centro de Operações Rio (COR).
Crivella informou ainda que as regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste, e que deslizamentos graves só foram observados no morro da Babilônia, no Leme. Segundo ele, 785 pontos da cidade estão sem luz e algumas das principais vias da cidade foram fechadas por segurança, como a Grajaú-Jacarepaguá e o Alto da Boa Vista.
Ainda de acordo com o prefeito, cinco mil funcionários do município estão nas ruas na manhã desta terça trabalhando para minimizar os estragos causados pela chuva. Crivella diz acreditar que a situação irá se normalizar nas próximas horas, mas ainda insistiu para que a população evite sair às ruas – e, caso isso seja necessário, que utilize o transporte público.
O governador do Estado, Wilson Witzel (PSC), decretou ponto facultativo na região metropolitana do Rio e cancelou sua agenda externa, enquanto as aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também foram suspensas.
Mortes e transtornos
As fortes chuvas que caem sobre o Rio de Janeiro desde o início da noite de segunda-feira (8) provocaram a morte de pelo menos três pessoas, interditam diversas vias da cidade e provocam alagamentos em todas as regiões da capital. Ainda chovia na capital às 9h desta terça.
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