Filho de Bolsonaro publica vídeo em que mostra ex-presidente soluçando enquanto dorme
Carlos afirma que Jair Bolsonaro enfrenta problemas de saúde e precisa de cuidados contínuos; defesa pede transferência para unidade com estrutura médica maior
Um vídeo publicado nesta sexta-feira (12) por Carlos Bolsonaro (PL) voltou a colocar em evidência a situação de saúde e as condições de custódia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas imagens divulgadas nas redes sociais do vereador, Bolsonaro aparece dormindo e apresentando episódios de soluços. Segundo o parlamentar, a gravação foi feita antes da prisão do pai.
Carlos afirmou na postagem que o ex-presidente necessita de atenção médica constante e que sua condição estaria se agravando ao longo dos últimos meses. Ele declarou que há episódios mais sérios que não foram divulgados e que, segundo ele, oferecem risco à vida de Bolsonaro.
O debate ocorre enquanto familiares e aliados demonstram insatisfação com o espaço onde o ex-presidente está detido, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A sala especial ocupada por Bolsonaro possui cerca de 12 metros quadrados e conta com cama, televisão, frigobar, ar-condicionado, mesa e banheiro próprio, estrutura semelhante à usada por Luiz Inácio Lula da Silva entre 2018 e 2019, em Curitiba. A PF afirma que o local já estava preparado desde maio e não foi construído especificamente para o ex-presidente.
Apoiadores, no entanto, têm relatado desconforto com o tamanho do ambiente, ruído constante de um gerador e ausência de uma equipe médica fixa. Esses pontos foram citados pela defesa no pedido de transferência encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
O destino solicitado pela defesa é uma unidade maior, com aproximadamente 60 metros quadrados, que integra o sistema carcerário do Distrito Federal. O espaço possui cozinha, quintal, sala, quarto, banheiro, lavanderia, ventilador, televisão e equipe médica própria — o mesmo onde está preso o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
O ministro Alexandre de Moraes avalia a possibilidade de transferência, mas condiciona a decisão a uma nova perícia médica. A defesa sustenta que Bolsonaro enfrenta uma crise persistente de soluços e que poderia necessitar de intervenção cirúrgica. Como os exames apresentados são considerados antigos, Moraes determinou uma nova avaliação clínica antes de decidir sobre a mudança.
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