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63 toneladas de peixes mortos foram retirados do Rio Piracicaba

As ações prosseguem nesta semana, utilizando hidrotratores, mais de 10 embarcações menores e aproximadamente 30 pessoas no apoio


Por Redação Educadora Publicado 22/07/2024
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Foto: Divulgação/ Defesa Civil

Cerca de 63 toneladas de resíduos foram removidas das lagoas do Tanquã, uma área de proteção ambiental afetada pelo lançamento irregular de poluentes no Rio Piracicaba. A operação, denominada Pindi-Pirá, concentra-se na coleta dos peixes mortos.

As ações prosseguem nesta semana, utilizando hidrotratores, mais de 10 embarcações menores e aproximadamente 30 pessoas no apoio.

A usina São José S/A de Açúcar e Álcool, apontada como responsável pelo despejo de resíduos agroindustriais no Rio Piracicaba, foi multada em R$ 18 milhões. A empresa nega ser a causadora da mortandade dos peixes, mas admite um extravasamento de resíduo.

Como é realizada a limpeza?

Dois hidrotratores, equipamentos capazes de remover detritos em ambientes aquáticos, são utilizados nos trabalhos, executados pela mesma empresa responsável pela coleta de lixo na cidade.

No primeiro dia de retirada dos peixes no Tanquã, na sexta-feira (19), foram recolhidas 12,1 toneladas. No sábado (20), mais 12 toneladas foram removidas, e na tarde de domingo (21), a prefeitura informou que o total chegou a 36 toneladas.

Na manhã desta segunda-feira (22), a administração comunicou que o balanço dos três primeiros dias chegou a 63 toneladas de materiais retirados do Tanquã.

Entre as toneladas de peixes retirados estão espécies como dourados, mandis e curimbatás. Os peixes mortos formaram aglomerados ao longo das lagoas, e o maquinário é usado para recolher os animais.

As ações de retirada são executadas com dois tratores aquáticos, além de embarcações de areia, escavadeiras e retroescavadeiras e barcos menores. Alguns pontos do Tanquã contam com recolha manual dos peixes mortos.

“Desde a manhã de domingo, as equipes lideradas pela Polícia Militar Ambiental e a Defesa Civil do Estado estão utilizando 10 embarcações de pequeno porte e mais dois hidrotratores para realizar a limpeza no rio, com mais de 30 homens no apoio. Os hidrotratores retiram os cardumes maiores, enquanto as embarcações menores fazem a retirada manual”, comunicou a Defesa Civil em nota.

Segundo a investigação da Cetesb, a Usina São José S/A Açúcar e Álcool foi a única responsável pela mortandade, após o extravasamento de mel de cana. A empresa foi autuada em R$ 18 milhões e pode recorrer.

O Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do Ministério Público (MP-SP) também investiga o caso. O inquérito civil, instaurado no dia 18 de julho e assinado pelos promotores Ivan Carneiro e Alexandra Facciolli Martins, visa dimensionar os danos ambientais que causaram a morte de toneladas de peixes no Rio Piracicaba e na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tanquã.

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