Cordeirópolis tem surto de cinomose
O primeiro caso foi identificado em março deste ano, e até agora, já são mais de 20 confirmações para a doença e 12 mortes
A cidade de Cordeirópolis registra um surto de cinomose. Segundo Amanda Lucke, coordenadora do Departamento de Bem Estar Animal, o primeiro caso foi identificado em março deste ano, e até agora, já são mais de 20 confirmações para a doença e 12 mortes.
“Em 2021 não tivemos nenhum registro. Em março iniciou com uma cachorra abandonada recolhida e adotada. Após alguns dias ficou doente e foi diagnosticada com cinomose vindo a óbito após 40 dias tratando”, conta Amanda Lucke, coordenadora.
A cinomose é uma doença causada pelo vírus conhecido como CDV, ou Canine Distemper Virus, traduzido para o português como “vírus da esgana canina”. A doença é conhecida por afetar principalmente filhotes ou cães que possuem o sistema imunológico debilitado.
Amanda relata que, em Cordeirópolis “os cães positivos para cinomose tinham hábitos de sair nas ruas todos os dias e nenhum estava vacinado e nem nunca tinham tomado vacina”.
Os casos se concentram no Jardim Eldorado e Jardim Aurora. No entanto outras regiões da cidade registraram casos isolados como: Jardim do Bosque, Assentamento XX de Novembro e Santa Rita, Jardim Cordeiro com 6 casos e 1 óbito confirmado, Jardim São Luiz.
VACINA
Diante da situação, a Prefeitura de Cordeirópolis intensificou campanhas de conscientização dos tutores de que a cinomose pode ser evitada com a vacinação. As Vacinas V8 e V10 protegem o cão contra seis doenças: CINOMOSE, parvovirose, coronavirose, adenovirose, parainfluenza e hepatite infecciosa canina. Além disso, a V8 protege contra dois tipos de leptospirose, e a V10 contra quatro.
Quando filhotes, a aplicação das vacinas, orientadas na consulta do médico veterinário, a vacina (V8 ou V10) devem ocorrer a partir dos 42 dias de idade e é composta por 3 doses espaçadas de 21 dias cada. Cães adultos devem ser vacinados anualmente. Os preços variam entre R$ 90 e R$ 120, cada dose, é de responsabilidade do tutor do animal e o reforço anual é essencial.
SINTOMAS
No início da infecção, pode ser observado o aparecimento de febre acompanhada de vômito e diarreia. Depois disso, surgem os sinais respiratórios como tosse e dificuldade de respirar, além de conjuntivite. Após esse período, o vírus atinge o sistema nervoso central, podendo causar sinais neurológicos como convulsões e mioclonias (contrações involuntárias).
A transmissão normalmente ocorre através do contato direto com outros cães infectados que estão eliminando o vírus nas secreções como saliva, secreção ocular e nasal, na urina e nas fezes.
O tratamento se restringe em tratar as doenças associados à cinomose, como pneumonia, infecções oportunistas, vômitos e diarreias além do controle da dor e das convulsões.
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