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Mãe pede ajuda após filha autista sofrer agressões em escola de Iracemápolis

Segundo ela, os episódios já acontecem há meses


Por Redação Educadora Publicado 28/10/2024

Um caso grave de agressões contra uma menina com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi registrado em uma escola de Iracemápolis (SP). Mônica Silveira, mãe da pequena Lorenza, de 9 anos, procurou a Educadora para relatar o que sua filha vem sofrendo.

Um Boletim de Ocorrência (B.O.) foi registrado por Mônica na Delegacia de Polícia de Iracemápolis no dia 23 de setembro. Consta no B.O. que no dia 17 de setembro, uma aluna da Escola Municipal Dr. Antônio Cândido de Camargo, onde Lorenza estuda, teria agredido a menina com tapas no ouvido e cabeça, sendo necessário atendimento médico.

No dia seguinte, quatro alunas teriam convidado Lorenza para participar um jogo chamado “Jogo da Lacração”, onde todas proferem xingamentos uma em face das outras e empurrando uma para a outra. Segundo Mônica, Lorenza sofreu sérias lesões no ouvido, tendo inclusive que fazer tratamento com antibiótico.

Mônica conta que não se sente segura em enviar sua filha para a escola, depois de todos os episódios, que segundo ela, não tiveram uma solução por parte da instituição.

Nossa reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Iracemápolis sobre o caso. O Executivo se pronunciou com a seguinte nota:

A Secretaria de Educação, em conjunto com seu corpo de professores, coordenadores, diretores, psicólogos escolares, assistentes sociais e demais agentes, atua ativamente no enfrentamento ao bullying. Esse compromisso é materializado por meio de aulas, atividades reflexivas e intervenções focadas no desenvolvimento de valores de respeito às diferenças, resolução pacífica de conflitos e promoção da cultura de paz.

No caso específico mencionado pela reportagem, a escola adotou medidas adequadas para mediar o conflito, realizando atendimentos individuais com as crianças envolvidas e suas respectivas famílias, oferecendo acolhimento e orientações necessárias para a resolução do problema. Diante da situação de vulnerabilidade identificada, considerou-se pertinente a inclusão de uma cuidadora para acompanhamento da criança tanto em sala de aula quanto em atividades extrassala, garantindo, assim, o suporte necessário ao seu bem-estar e desenvolvimento dentro do ambiente escolar.

Ademais, a Prefeitura de Iracemápolis avançou significativamente na implantação da Lei nº 13.935/19, que prevê a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica. Neste sentido, foram contratados quatro psicólogos escolares e dois assistentes sociais, reforçando o suporte integral aos alunos, suas famílias e à comunidade escolar, e ampliando as ações de prevenção e enfrentamento as violações de direitos, como é o caso do bullying.

Informamos que as investigações relacionadas às denúncias mencionadas estão sendo conduzidas pelas devidas instâncias competentes, em SIGILO – decretado em virtude de se tratar de menores e para não atrapalhar a sindicância, estando especificado inclusive na referida portaria. Serão elas que darão os encaminhamentos necessários sobre os casos em questão.

A Prefeitura de Iracemápolis reitera seu compromisso com a transparência e com o bem-estar de todos os alunos, aguardando as conclusões dos órgãos responsáveis para adotar eventuais medidas cabíveis.

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