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Esquizofrenia: o que é, sintomas, causas e tratamento

Dados alarmantes evidenciam a prevalência significativa da esquizofrenia na sociedade


Por Leticia Viganó Publicado 07/02/2024
Esquizofrenia o que é, sintomas, causas e tratamento
Foto: Reprodução

A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade (psicose), alucinações (é comum ouvir vozes), falsas convicções (delírios), pensamento e comportamento anômalo, redução das demonstrações de emoções, diminuição da motivação, uma piora da função mental (cognição) e problemas no desempenho diário, incluindo no âmbito profissional, social, relacionamentos e autocuidado.

Dados alarmantes evidenciam a prevalência significativa da esquizofrenia na sociedade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com esquizofrenia. Essa condição não faz distinção entre gênero, afetando homens e mulheres igualmente, embora os primeiros sinais frequentemente se manifestem no final da adolescência ou início da vida adulta.

A esquizofrenia pode ter início súbito, em um intervalo de dias ou semanas, ou lento e gradativo, ao longo de anos. Ainda que a gravidade e a sintomatologia variem entre diferentes pessoas com esquizofrenia, geralmente a gravidade dos sintomas consegue afetar a capacidade da pessoa de trabalhar, de interagir com outros e de cuidar de si mesma.

Contudo, às vezes, os sintomas são leves no início. A pessoa pode simplesmente parecer afastada, desorganizada ou desconfiada. É possível que alguns médicos reconheçam estes sintomas como sendo o início da esquizofrenia, porém outros apenas os reconhecem em retrospectiva.

Sintomas

Os sintomas da esquizofrenia podem se manifestar de diversas formas, mas geralmente incluem delírios, alucinações, pensamento desorganizado, dificuldade de concentração e mudanças nos padrões de sono. As experiências perceptivas alteradas podem criar uma realidade distorcida para o indivíduo, tornando o diagnóstico e tratamento desafiadores.

Algumas pessoas com esquizofrenia podem apresentar uma diminuição da função mental (cognitiva), às vezes já desde o começo do transtorno. Esse comprometimento cognitivo dá origem a dificuldades de atenção, raciocínio abstrato e de resolução de problemas. A gravidade do comprometimento cognitivo é um determinante primordial da incapacidade global em pessoas com esquizofrenia. Muitas pessoas com esquizofrenia estão desempregadas e têm pouco ou nenhum contato com familiares ou outras pessoas.

Tratamento

O tratamento da esquizofrenia geralmente envolve uma combinação de medicamentos antipsicóticos, psicoterapia e apoio psicossocial. A adesão ao tratamento é essencial, mas muitas vezes enfrenta desafios, pois a natureza da condição pode interferir na percepção do próprio doente sobre a necessidade de ajuda.

De modo geral, o objetivo do tratamento da esquizofrenia é  Reduzir a gravidade dos sintomas psicóticos, Evitar a recorrência dos episódios sintomáticos e a deterioração das funções a eles associada, Fornecer apoio e, assim, possibilitar a pessoa a atuar da melhor forma possível

A detecção precoce e o tratamento precoce são importantes. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, melhor será o desfecho. Os medicamentos antipsicóticos, a reabilitação e as atividades de apoio comunitário e a psicoterapia são os três componentes principais do tratamento. Prestar informações aos familiares sobre os sintomas e tratamento da esquizofrenia (psicoeducação familiar) ajuda a prestar apoio a essas pessoas e ajuda os profissionais de saúde a manter contato com a pessoa com esquizofrenia.

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