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Transtorno bipolar: sintomas variam em intensidade e manifestação

Pesquisas revelam que aproximadamente 2,6% da população mundial é diagnosticada com transtorno bipolar


Por Leticia Viganó Publicado 24/01/2024

O transtorno bipolar não é brincadeira mas, apesar disso, é tratado como tal por muitas pessoas. Há músicas sobre o tema, memes e, até mesmo, pejorativos que carregam esses termos. No entanto, estamos falando sobre um transtorno sério e que aprisiona milhares de pessoas em todo o mundo em suas próprias mentes.

O transtorno é uma condição psicológica caracterizada pela polaridade de sentimentos. Sua característica mais marcante é a alternância, às vezes súbita, de episódios de depressão com os de euforia e de períodos assintomáticos entre eles. As crises podem variar de frequência, duração e intensidade, sendo leve, moderada ou grave.

De acordo com o DSM.IV e o CID-10 (manuais internacionais de classificação diagnóstica), o transtorno bipolar pode ser classificado nos seguintes tipos:

  • Transtorno bipolar tipo I: predominância de episódios fortes e rápidos de mania, seguidos por alterações do tipo depressivas ou mistas (com depressão e mania) que duram várias semanas;
  • Transtorno bipolar tipo II: forma caracterizada pela presença de episódios maníacos mais amenos;
  • Transtorno bipolar ciclotímico: é uma forma de bipolaridade caracterizada pela ciclagem maior entre os estados. Sendo assim, aqui, os períodos depressivos duram anos, sendo seguidos por vários episódios de mania.

Sintomas da bipolaridade

Os sintomas variam em intensidade e manifestação. A fase maníaca, caracterizada por euforia, aumento de energia e impulsividade, contrasta com a fase depressiva, marcada por sentimentos de desesperança, fadiga e falta de interesse. A oscilação entre esses extremos pode ocorrer de forma cíclica, impactando significativamente a vida diária do indivíduo.

Pesquisas revelam que aproximadamente 2,6% da população mundial é diagnosticada com transtorno bipolar, sendo uma condição que afeta igualmente homens e mulheres. A idade de início geralmente ocorre entre 15 e 25 anos, embora casos mais tardios também sejam observados. Esses números destacam a relevância de compreendermos a bipolaridade como uma condição de saúde mental com impacto global.

O diagnóstico

O diagnóstico do transtorno bipolar pode ser muito desafiador, assim como é visto em outros transtornos de natureza psicológica. Não há exames que possam ser feitos para que tenhamos um “positivo” ou “negativo”, ao contrário do que é observado em outros tipos de problemas de saúde.

Por isso, é preciso fazer uma exclusão de possíveis causas para o comportamento do paciente. Caso não exista uma razão física para isso (como uma doença), é hora de partir para a análise psicológica.

Tratamento

O tratamento do transtorno bipolar é feito a partir do uso de medicações, sempre associadas à psicoterapia. A análise com psicólogos é essencial para que o quadro fique sob controle e, muitas vezes, pode ajudar na redução da dose dos remédios prescritos.

Podem ser usados medicamentos de várias classes. No entanto, as mais populares são a de antidepressivos, para lidar com a sensação de depressão, e a de estabilizadores de humor. Esses, como o nome indica, têm a função de fazer com que o comportamento do paciente fique mais estável. O paciente, no entanto, não deve se manter apenas com as medicações e a terapia. É necessário, também, fazer alterações no estilo de vida. 

Hábitos saudáveis e um estilo de vida agradável ajudam na manutenção do tratamento, fazendo com que as crises fiquem controladas e a qualidade de vida do paciente melhore consideravelmente.

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