Ambulatório de saúde mental é criado pelo Hospital das Clínicas da USP
O programa oferece vários tratamentos gratuitos a mulheres vítimas de violência, como cirurgias de reconstrução facial.
O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (IPq) acaba de criar o primeiro ambulatório de saúde mental voltado às vítimas de violência doméstica, um problema que aumentou durante a pandemia de Covid-19 e atingiu quase 620 mil mulheres em 2021, segundo dados do último Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O programa está sendo desenvolvido em parceria com o Instituto Um Novo Olhar, que oferece vários tratamentos gratuitos a mulheres vítimas de violência, como cirurgias de reconstrução facial.
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A iniciativa conta com verbas de R$ 500 mil no primeiro ano, que serão destinadas à contratação de médicos, psicólogos e assistentes sociais. Os recursos foram obtidos por meio de uma emenda parlamentar proposta pela deputada federal Maria Rosas (Republicanos-SP). O projeto tem duração de cinco anos, previsão de mais R$ 3,1 milhões, e meta de atender pelo menos mil vítimas anualmente. A ideia, contudo, é buscar outras parcerias para tornar o ambulatório permanente.
Segundo a cirurgiã e dermatologista Carla Góes, fundadora do Instituto Um Novo Olhar, a instituição já vinha atuando na oferta de outros cuidados a mulheres mutiladas pelos parceiros, como consultorias jurídicas, apoios social e psicológico, tratamentos estéticos para reduzir as cicatrizes, além de cirurgias reparadoras.
Para o psiquiatra Wagner Gattaz, presidente do conselho diretor do IPq, todas as vítimas de violência doméstica são indefesas, mas as crianças e os idosos não têm sequer estratégias intelectuais e cognitivas para lidar com a situação. “A criança violentada acha que aquela é a vida dela, e o idoso, que é obrigado a aceitar essas situações.”
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