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Câncer colorretal: diagnóstico tardio e falta de acesso a exames preocupam

De acordo com estudo, foi estimado que haverá um crescimento de câncer colorretal de 37,63% em mulheres e 35% em homens.


Por Redação Educadora Publicado 14/09/2025
Câncer colorretal

Diagnósticos tardios e dificuldade no acesso à realização de exames surgem como algumas das mais importantes causas de prevalência do câncer colorretal.

Essas são, inclusive, as causas apontadas pela Fundação do Câncer de elevação da taxa de mortalidade pelo tumor em 36% até o ano de 2040, em recente estudo divulgado, evidenciando um quadro preocupante para a saúde pública brasileira.

Câncer colorretal: diagnóstico tardio preocupa

O câncer colorretal é o terceiro que mais acomete pessoas no Brasil, principalmente homens e mulheres de 30 a 69 anos, segundo o Instituto do Câncer do Ministério da Saúde.

Este, aliás, é um sinal de alerta importante destacado no estudo: a incidência de aumento de casos em jovens e adultos, tendência que contraria o comportamento esperado da doença.

Para o professor José Joaquim Ribeiro da Rocha, do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, os hábitos de vida ocidentais, especialmente em relação à alimentação, contribuem significativamente para esse cenário.

“A alimentação, hoje, é pobre em fibras e bastante abundante em carnes processadas e ultraprocessadas como salsicha, bacon, pizza, mortadela, presunto, linguiça e steak. Esses alimentos utilizam grande quantidade de conservantes na sua produção, algo considerado prejudicial para à saúde”, explica.

Além disso, ele pontua que os maiores desafios, são a falta de investimento tecnológico no rastreamento da doença, demora nos atendimentos e detecção tardia do câncer. “Hoje, no Brasil, existem exames como colonoscopia, pesquisa de sangue oculto nas fezes e polipectomia, mas eles ainda não são suficientes pois há muita demanda de pessoas na fila de espera, o que ocasiona atrasos no diagnóstico e no tratamento. Isso se torna pior em regiões com maiores desigualdades sociais, como Norte e Nordeste.

De acordo com o estudo, foi estimado que haverá um crescimento de câncer colorretal de 37,63% em mulheres e 35% em homens.

O especialista argumenta que o índice de aumento nas mulheres se deve ao diagnóstico tardio.

“As mulheres, muitas vezes, demoram mais para serem diagnosticadas com câncer, por vários fatores, como a demora em buscar atendimento médico, realizar exames e falta de acesso adequado ao sistema de saúde. Esse grupo acaba priorizando a família e deixando sua saúde de lado. Por outro lado, o sistema de rastreamento da doença, por mais que seja necessário, não é bem estruturado quanto à prevenção e exames de câncer de mama e de colo de útero.”

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