Câncer de colo do útero é o 3º tipo mais incidente entre mulheres; papanicolau traz diagnóstico precoce
O câncer de colo do útero é causado por infecções não tratadas, a maior parte provocada por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV)
O mês de outubro é marcado pelo Outubro Rosa, uma campanha anual que enfatiza a necessidade da informação e da prevenção no combate ao câncer de mama e ao câncer de colo do útero.
Um levantamento realizado pelo Laboratório DMS Burnier mostrou um aumento de 25,35% na realização de testes de Papanicolau, um exame ginecológico de citologia cervical realizado como prevenção ao câncer de colo do útero.
Entre janeiro e setembro de 2021 foram realizados 3.605 exames de citologia oncótica e este ano, 4.519, com relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo Miriã Casarini, farmacêutica do Laboratório DMS Burnier, em 2021, houve uma queda, provavelmente como repercussão dos anos anteriores atípicos, em função da pandemia da Covid-19.
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Durante a pandemia, muitas mulheres deixaram de ir ao ginecologista e, em consequência disso, não fizeram o exame preventivo de colo do útero.
Já em 2022, houve um acréscimo, possivelmente pelo fato delas retomarem às consultas ao ginecologista e aos exames preventivos.
De acordo com dados de 2021 do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres.
Para o ano de 2022 foram estimados 16.710 novos casos, o que representa um risco considerado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
O câncer de colo do útero é causado por infecções não tratadas, a maior parte provocada por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV).
Existem mais de 100 tipos de HPV que são transmitidos via contato sexual. Entretanto, é preciso muita atenção para dois subtipos: 16 e 18, que são de alto risco e responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero.
O contágio pode ocorrer no contato pele a pele, principalmente durante a relação sexual com penetração vaginal e/ou penetração anal, mas também durante o sexo oral, assim como em qualquer contato com a região genital.
Por isso, é necessário o uso do preservativo.
“A principal forma de ter o diagnóstico precoce da doença ou detectar lesões iniciais antes que evoluam para o câncer é realizar o exame preventivo, também conhecido como Papanicolau. Através do exame citopatológico é possível obter células de colo do útero para análise em laboratório. É recomendado para toda mulher que tem ou já teve vida sexual, especialmente as que têm entre 25 e 64 anos. Inicialmente, deve ser feito anualmente e após dois exames seguidos, apresentando resultado normal, pode ser realizado a cada três anos”, comenta.
Além do exame preventivo, a farmacêutica também reforça a importância da vacina contra o HPV, que tem como função prevenir doenças causadas por este vírus, como verrugas genitais, lesões pré-cancerosas e câncer de colo do útero, vulva, vagina ou ânus.
A vacina é aplicada na forma de injeção para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
Sintomas do câncer de colo do útero
Os sintomas do câncer de colo do útero muitas vezes não começam até que a doença se torne invasiva. Confira alguns indicadores que demonstram a necessidade de uma consulta médica para avaliação:
• Sangramento vaginal irregular;
• Sangramento menstrual mais prolongado que o habitual;
• Secreção vaginal incomum, com um pouco de sangue;
• Sangramento e dor durante a relação sexual;
• Dor na região pélvica.
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