Como hospitais confirmam mortes por dengue? Entenda o processo

Diagnóstico exige exames clínicos, laboratoriais e análise epidemiológica; confirmação pode levar dias após o óbito


Por Redação Educadora Publicado 30/05/2025
Como hospitais confirmam mortes por dengue Entenda o processo
Foto: arquivo Educadora

Com o avanço dos casos graves de dengue no Brasil, cresce também a preocupação com os óbitos causados pela doença. Mas como um hospital confirma oficialmente que uma morte foi provocada por dengue? O processo envolve uma série de etapas clínicas e laboratoriais que garantem a precisão do diagnóstico.

De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, para que uma morte seja confirmada como decorrente da dengue, é necessário um conjunto de evidências. Inicialmente, o paciente precisa apresentar sintomas compatíveis com a doença, como febre alta, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, sangramentos ou queda brusca de plaquetas.

Após o óbito, a unidade de saúde deve notificar o caso suspeito às autoridades sanitárias e realizar exames laboratoriais. Os mais utilizados são os testes sorológicos, como o NS1, e o RT-PCR, que detecta o vírus diretamente no sangue. Em algumas situações, exames pós-morte são realizados com amostras de tecidos, especialmente em casos em que o paciente não teve diagnóstico confirmado em vida.

Além dos testes laboratoriais, médicos legistas e infectologistas analisam o histórico clínico do paciente e o contexto epidemiológico — como surtos ativos na região — para chegar a uma conclusão. A confirmação final pode levar dias e, às vezes, semanas, dependendo do acesso aos exames e da gravidade da situação.

A confirmação oficial é fundamental não apenas para fins estatísticos, mas também para ações de controle e prevenção da dengue nos municípios. Ela ajuda a dimensionar a real gravidade do surto e orientar medidas emergenciais por parte das secretarias de saúde.

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