Outubro Rosa: depoimento de pacientes ajuda na recuperação do câncer de mama
Instituto estima que o Brasil registrará cerca de 200 novos casos de câncer de mama por dia
O “Outubro Rosa” reforça a atenção para o diagnóstico precoce do câncer de mama. A detecção ainda na fase inicial da doença amplia as chances de sucesso no tratamento. Porém, parte da população tem deixado de lado as boas práticas, principalmente após a pandemia de covid-19.
Por isso, o hospital Medical, em Limeira (SP), intensificou as ações sobre o tema. A unidade integra a rede de atendimento da Hapvida NotreDame Intermédica.
No último dia 11, os vários projetos desenvolvidos mensalmente na área de Oncologia da Medical se concentraram numa só manhã, levando música e cinema aos pacientes. Já em um bate-papo, duas pacientes que concluíram o tratamento contaram suas experiências.
“A prevenção vale tanto para o público feminino como para o masculino. A pandemia afetou os registros de diagnósticos precoces de vários tipos de câncer, incluindo os de mama. As pessoas ficaram mais preocupadas com outras doenças”, conta a enfermeira Daniana Cristina Rita, coordenadora de Oncologia do hospital.
Quatro anos após a covid, as pessoas estão retomando práticas como o exame de toque. Foi na autoavaliação, durante o banho, que Edineia Silvestre, de 65 anos, sentiu algo estranho no seio. “Fui ao médico, que pediu o exame em que a doença foi constatada”, relata.
A insegurança após o diagnóstico é muito grande e o tratamento requer paciência e disciplina, ressalta Edineia. “Tive que fazer quimio e radioterapia, além de tomar medicamentos. Então, reforço com as pessoas: faça o autoexame e vá ao médico”.
Já Gláucia Almeida viveu as incertezas pelo histórico familiar. Ela foi informada da doença pouco tempo após seu pai falecer em razão de um câncer. “Minha família e eu ficamos assustadas. Foram momentos de altos e baixos”, recorda.
O Instituto Nacional do Câncer estima que o Brasil registrará, ao longo desse ano, cerca de 200 novos casos de câncer de mama por dia.
Tocar o sino
A instabilidade emocional foi superada com fé e união. Em seus depoimentos aos demais pacientes, Gláucia e Edineia disseram que o apoio dos familiares e o atendimento dos profissionais da Saúde são fundamentais. “Todo mundo do hospital passa a fazer parte da sua família, seja o porteiro ou um médico”, avalia Edineia.
Ações como a Musicoterapia, o Cine Pipoca – exibição de filmes durante a sessão oncológica – e os depoimentos tornam a jornada mais leve. Gláucia e Edineia relatam que o objetivo é “tocar o sino”, ato que ocorre sempre ao final do tratamento.
Nesse dia, com apoio do Serviço Social da Hapvida, o paciente, seus familiares e profissionais da Saúde compartilham a alegria tocando o Sino da Superação, instalado na Oncologia. A partir daí, o paciente segue sendo monitorado por meio de consultas com os médicos.
A fotógrafa Rafaela Alves contribuiu voluntariamente com a ação. Ela clicou as pacientes presentes na ação do dia 11. As imagens serão fornecidas às mulheres e expostas no perfil da fotógrafa no Instagram. “Toda ação para prevenir o câncer de mama é válida”, explica Rafaela.
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