Entenda por que a UTI Neonatal da Santa Casa de Limeira é referência
O número de partos prematuros vem aumentando no país a cada ano e vários fatores estão relacionados
O Dia da Prematuridade é comemorado anualmente no dia 17 de novembro. É o mês – Novembro Roxo – em que também são realizadas inúmeras ações com o objetivo de alertar sobre o crescente número de partos prematuros, suas consequências e como preveni-los.
Em Limeira e região, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal é referência no cuidado dos bebês prematuros. É onde também há grande concentração de esperança, como de Gisele Benjamim de Lima e Victor Augusto Silva Gomes, pais do José, que nasceu de 27 semanas de gestação.
De acordo com a médica coordenadora da UTI Neonatal, Maria de Fátima Nery Perboni, e a enfermeira Rita Gamis, todo bebê que nasce com idade gestacional abaixo de 37 semanas é considerado prematuro.
Prematuros são classificados em:
– Prematuro Extremo: menos de 28 semanas;
– Muito Prematuro: De 28 a 32 semanas;
– Prematuro Moderado: De 32 a 34 semanas;
– Prematuro Tardio: De 34 a 37 semanas.
“Quanto mais prematuro for o bebê, maior a imaturidade do seu organismo”, explicam. Por isso, a necessidade e a importância dos cuidados intensivos, com equipes altamente preparadas para receber, tratar e cuidar dos prematuros. Além da disponibilidade de ferramentas tecnológicas necessárias para prestar assistência adequada e de excelência aos pequenos, o que também torna a UTI Neonatal da Santa Casa referência é o trabalho humanizado, com acolhimento dos bebês e suas famílias com cuidado, respeito e dedicação.
José nasceu no dia 10 de setembro. A data prevista de parto era 7 de dezembro. Foi durante o pré-natal que a mãe Gisele soube que haveria possibilidade de nascimento prematuro. Ela descobriu que tinha um tipo de trombofilia. Iniciou tratamentos para manter a gestação o máximo possível. Aí a importância das consultas e exames do pré-natal, que permitem identificação de intercorrências e o devido acompanhamento médico.
Com o nascimento prematuro, José foi para a UTI Neonatal e, como toda mãe nesta situação, a preocupação tomou conta. “Hoje, já estou bem mais tranquila, principalmente pelo fato de que ele está sendo cuidado por médicos e enfermeiros especializados. Além disso, vejo o amor e carinho com que cuidam dele e que está sendo monitorado 24 horas. Ele completou 2 meses, mas não há dúvidas de que a UTI Neonatal é o melhor lugar para ele neste momento”. A família de Gisele está ansiosa para que José vá logo para casa, mas ela sabe que é um passo de cada vez e, a permanecer na evolução que está, é possível que o bebê tenha alta perto da data em que ele nasceria se completasse a gestação de 37 semanas.
Tempo de UTI dos prematuros
A médica e a enfermeira da UTI Neonatal da Santa Casa explicam que quem determina o tempo que cada bebê permanece internado é ele mesmo. “Mas a nossa meta e expectativa é que quando chega a data provável do parto [aquela que ele deveria nascer] ele esteja pronto para ir para casa. Ressaltamos que tudo vai depender das intercorrências nesse período e quanto mais prematuro, maior o tempo de internação e riscos de complicações”.
Diversas são as causas do nascimento prematuro, entre os principais fatores estão associados: pré-natal inadequado, pré-eclâmpsia, malformação fetal, gestação múltipla, idade materna, hipertensão, diabetes, infecções maternas, etilismo, uso de drogas, entre outras.
O número de partos prematuros vem aumentando no país a cada ano e vários fatores estão relacionados a este aumento: idade materna, hábitos de vida, alimentação e ausência de cuidados antes e durante a gestação.
Por outro lado, atualmente a chance de um bebê prematuro sobreviver e levar uma vida normal é maior, considerando o avanço nas pesquisas na área de Neonatologia e a formação de excelentes profissionais que se dedicam diariamente a prover o melhor cuidado e tecnologia em função desses bebês. “É importante enfatizar que quanto maior a idade gestacional, maior a chance de sobrevida”.
Depois, cada bebê é único e apresenta um padrão e necessidades especiais. Suas fragilidades e limitações irão depender da sua evolução e estímulo. “Devemos ter muito cuidado com a exposição do bebê de forma precoce a lugares fechados, com grande circulação de pessoas, contato com pessoas resfriadas, pois tudo isso aumenta o risco de que esse bebê adoeça e devido a imaturidade do sistema imunológico a chance de agravamento é maior”. Além disso, eles têm um calendário de vacinação diferenciado. Mais uma vez, a importância de acompanhamento médico.
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