Gêmeas siamesas unidas pela cabeça passam por cirurgia em Brasília
Com a participação de médicos brasileiros e especialistas norte-americanos, procedimento inédito foi realizado no Hospital da Criança de Brasília
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Uma cirurgia inédita e de extrema complexidade foi realizada no Hospital da Criança de Brasília no último sábado (27). A operação consistiu na separação de duas gêmeas siamesas, Mel e Lis, de quase 11 meses, unidas pela cabeça, que vinham sendo acompanhadas pela equipe médica do hospital desde que eram recém-nascidas.
A cirurgia foi chefiada pelo neurocirurgião Benicio Oton de Lima e contou com especialistas norte-americanos que vieram ao DF participar do procedimento de separação das gêmeas, que completam um aninho no dia 1° de junho. As fotos e os nomes das meninas foram revelados pelo portal Metrópoles, após autorização da família.
Casos assim são bastante raros na medicina e envolvem a expertise de várias áreas médicas para que a separação seja bem-sucedida. A taxa de nascimento de gêmeos siameses – colados por alguma parte do corpo, podendo ou não haver o compartilhamento de órgãos – é de um para cada 100 mil nascidos vivos.
“Foi uma cirurgia muito complexa. Elas tinham o lado direito frontal da cabeça unido. A cirurgia durou 20 horas”, disse o médico ao Metrópoles. A operação foi bem-sucedida e as crianças brasilienses estão internadas no Hospital da Criança em recuperação.
A equipe que trabalhou durante as 20 horas é composta de 50 profissionais. Eles se dividiram entre o centro cirúrgico e uma sala de apoio. Ao todo, foram 36 etapas.
Cinco pesquisadores americanos deram apoio ao procedimento. Entre eles, três médicos e dois enfermeiros, que foram advisors, ou aconselhadores. Dos 32 casos craniópagos registrados no mundo, nove tiveram indicações cirúrgicas. O das crianças brasilienses é o décimo.
As informações são do portal Metrópoles.
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