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Lombalgia: doença afastou mais de 80 mil pessoas do trabalho em 2017

Pessoas na terceira idade e mulheres estão mais propensas a ter lombalgia


Por Estadão Conteúdo Publicado 19/07/2019

As dores nas costas afastaram mais de 83,8 mil pessoas de postos de trabalho em 2017, segundo a Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda, ficando em segundo lugar no ranking das doenças mais frequentes entre os auxílios-doença concedidos pelo INSS. Dentro dessas, está a lombalgia, dor na lombar, parte mais baixa da coluna. Estudos recentes comprovaram que oito em cada 10 pessoas sofrerão com o problema em algum momento da vida.

O médico ortopedista, subespecialista em cirurgia de coluna Rodrigo Souza Lima explica que a lombalgia é mais frequente em mulheres, em torno de 60%. “Alguns autores associam essa maior prevalência no sexo feminino ao fato da mulher apresentar uma musculatura mais fraca que a do hom em, tornando-se mais vulneráveis a fadigas”, argumenta.

Segundo Lima, pessoas na terceira idade também estão mais propensas a ter lombalgia. “Devido a um grau de fraqueza muscular maior e um desgaste das articulações, conhecido como artrose facetaria. Mas, atualmente pacientes cada mais jovens, por volta dos 30 anos, estão apresentado quadros de lombalgia, muitas vezes associada à prática inadequada de atividade físicas”, complementa.

De acordo com o médico, o sedentarismo é umas das principais causas da lombalgia. “O problema pode ser prevenido com exercícios físicos, alongamentos, fortalecimento da musculatura abdominal e dorsal, observando posturas corretas no dia a dia, e que devem ser feitas de forma contínuas e progressivas, sempre com orientações de um profissional”, destaca.

Tratamento
O especialista ressalta que as decisões sobre o tratamento para sua lombalgia devem ser feitas com cuidado. “Na maioria dos casos, há tempo suficiente para aprender sobre a condição e doença do paciente. As opções para tratamento são diversas, como o tratamento conservador que envolve a acupuntura, quiropraxia, exercícios, medicamentos, fisioterapia, RPG e pilates”, exemplifica.

Em casos mais sérios muitas vezes é necessário o tratamento cirúrgico, sendo indicado de acordo com cada doença, como explica o médico. “É importante sempre lembrar que cada doença é única e o tratamento é específico a cada patologia”, comenta.

“Dores sempre são um sinal de alerta e quer dizer que alguma coisa está acontecendo no nosso dia a dia de forma errada. É muito importante procurar um profissional especialista em cirurgias de coluna para evitar que um probleminha hoje se transforme é um problemão amanhã”, finaliza Lima.

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