Teste para varíola dos macacos é incluído na lista de exames cobertos planos de saúde
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 7.019 casos da enfermidade até segunda, incluindo duas mortes
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou, nesta segunda (19), a inclusão do teste para detecção da varíola dos macacos no rol de procedimentos cobertos por planos de saúde. A medida foi feita em caráter extraordinário em decorrência da situação da doença no Brasil.
“A inclusão do teste para varíola dos macacos foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo”, afirmou a ANS em nota.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 7.019 casos da enfermidade até segunda, incluindo duas mortes.
Para obter a cobertura do exame, o paciente precisa apresentar uma indicação médica.
No Brasil, existem oito laboratórios que realizam o diagnóstico da varíola dos macacos de forma gratuita. Além desses, laboratórios privados também têm capacidade de processar as amostras de pessoas suspeitas da infecção.
- Limeira encerra semana com cinco casos de varíola dos macacos
- Cachorro pega varíola dos macacos de dono em Minas Gerais
- Paciente testa positivo para covid-19, HIV e varíola dos macacos na Itália
O aumento da demanda pelos exames já estava sendo registrado no Brasil. Um exemplo é da produtora Thermo Fisher Scientific que, em julho, observou o aumento de três vezes maior do uso de testes comparado ao mês anterior.
A inclusão do exame para o rol de procedimento atendidos pela ANS tinha sido um pedido do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). A entidade enviou um ofício para a agência no final de agosto pedindo que o teste fosse incorporado à lista.
Além disso, o pedido indicava que o tratamento para a doença também fosse disponibilizado pelos planos de saúde.
VARÍOLA DOS MACACOS NO BRASIL
O primeiro caso de varíola dos macacos registrado no Brasil foi em 8 de junho em São Paulo. O paciente tinha histórico de viagem para Europa, continente que muito impactado pelo surto atual.
Desde então, a infecção já foi registrada em quase todos os estados brasileiros.
Segundo informações do COE (Centro de Operações de Emergências para a doença), os únicos que ainda não tiveram diagnósticos foram Amapá e Rondônia.
O principal sintoma da varíola dos macacos é o desenvolvimento de lesões em formatos de bolhas no corpo da pessoa infectada. O contato direto com essas feridas também é a forma mais fácil de transmitir a doença.
Por isso, uma das medidas mais importantes para barrar a transmissão da doença é adotar o isolamento de casos suspeitos e confirmados. Também é necessário higienizar, com água e sabão ou álcool em gel, objetos que foram tocados pela pessoa infectada.
Em nível mundial, o número de casos começa a cair. Mesmo assim, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que medidas de proteção ainda devem ser tomadas. “Não é momento de baixar a guarda”, afirmou, na última semana, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom.
Outra medida eficaz para barrar a transmissão da doença é a vacinação. O Ministério da Saúde conseguiu adquirir 50 mil doses do imunizante, e a previsão é de que 20 mil delas estejam disponíveis até o final de setembro.
Por conta da baixa quantidade, a vacinação será restrita para profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes.
✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.