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Varizes nas pernas é sinal de doença: como e por que impedir seu desenvolvimento?

Todos estes fatores, desde a classificação do doente até a avaliação de risco de tratamento, são feitos durante consulta médica especializada


Por Nani Camargo Publicado 10/04/2020

As varizes visíveis nas pernas de milhões de pessoas são hoje consideradas manifestação de doença crônica chamada modernamente de Doença Venosa Crônica. Apesar de conhecida há séculos, só recentemente, nas últimas décadas foi chamada desta maneira. E foram reconhecidos sete estágios clínicos (C):

C0 – não se vê nenhum sinal e não há sintomas

C1 – são vistas telangiectasias (nome técnico dos vasinhos) e veias de calibres menores que 3 mm

C2 – são vistas varizes propriamente ditas: veias dilatadas, tortuosas que fazem saliência na pele (na maioria dos casos há vasinhos também) e aparecem as queixas (dor no fim do dia, sensação de peso ou cansaço nas pernas e câimbras)

C3 – além das varizes e vasinhos surge o inchaço, geralmente no fim do dia; nesta fase geralmente os sintomas são piores

C4 – além das varizes, vasinhos, inchaço surgem manchas de pele, de início avermelhadas e que se tornam de cor castanha; estas manchas tornam-se cada vez mais escuras estendendo-se dos pés até acima dos tornozelos (C4a); a medida que o tempo passa a pele desta região perde a elasticidade, fica endurecida, inflamada (C4b); os sintomas pioram muito e aparece a sensação de coceira. Nesta fase, após qualquer trauma de pele, como coçar por exemplo, pode surgir uma ferida de difícil cicatrização

C5 – neste estágio o doente já teve uma ferida e cicatrizou com tratamento, deixando cicatriz em meio a uma mancha marrom escuro.

C6 – quando a ferida está aberta e demora a cicatrizar.

Lembrar que 80% das feridas crônicas de perna são provocadas pelas varizes.

O tempo de evolução entre o aparecimento das varizes e o aparecimento da ferida é longo, entre 15 a 20 anos. Estes estágios demonstram a evolução da Doença Venosa Crônica.

Outro ponto importante é saber a causa desta doença. Na maior parte das vezes é desconhecida e há um fator hereditário. Mas a doença pode ser causada por uma trombose venosa que tenha ocorrido anteriormente, sem que o doente a tivesse percebido. São relativamente frequentes tromboses venosas após parto ou durante gravidez, após internações para cirurgias ou tratamentos clínicos.

Hoje em dia é reconhecido que determinadas pessoas apresentam risco maior de trombose venosa, isto é, de formar coágulos dentro das veias das pernas, a chamada trombofilia.

Todos estes fatores, desde a classificação do doente até a avaliação de risco de tratamento, são feitos durante consulta médica especializada. O médico treinado é o Cirurgião Vascular ou o Angiologista.

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