Entre abraços, memórias e desafios: o eterno papel das mães na sociedade brasileira
No Dia das Mães, histórias de afeto, superação e luta mostram como a maternidade vai além do instinto e revela a força de quem transforma o cotidiano com amor e coragem.

Neste segundo domingo de maio, o Brasil celebra o Dia das Mães, uma data marcada por homenagens, presentes e reencontros. Mas por trás das flores e almoços em família, estão histórias reais de mulheres que desempenham múltiplos papéis em casa, no trabalho e na sociedade — muitas vezes enfrentando jornadas exaustivas, desigualdades e desafios emocionais invisíveis.
“Ser mãe é estar disponível o tempo todo, mesmo quando se está exausta”, resume Rita de Cássia, 42 anos, mãe solo de dois filhos e auxiliar de enfermagem em São Paulo. Ela conta que sua rotina começa antes do amanhecer e só termina tarde da noite, mas que o sorriso dos filhos é o combustível que a move todos os dias.
A maternidade no Brasil também carrega recortes de classe, raça e território. Segundo dados do IBGE, mais de 11 milhões de lares brasileiros são chefiados por mulheres sem a presença do pai. Dessas, uma grande parte são mulheres negras, enfrentando um duplo desafio: sustentar financeiramente a família e lidar com o racismo estrutural.
Apesar das dificuldades, o amor materno encontra formas de florescer. No interior do Ceará, Dona Lúcia, 65 anos, criou sozinha seis filhos vendendo bolos na feira. “A gente faz milagre com pouco. Quando tem amor, dá certo”, diz ela, com a serenidade de quem venceu batalhas diárias com doçura e resiliência.
A data também abre espaço para refletir sobre os novos modelos de maternidade. Casais homoafetivos, pais solo e famílias adotivas estão ressignificando o conceito de “ser mãe”. É o caso de Camila e Juliana, mães da pequena Clara, de três anos. “Amor não tem formato fixo. O que importa é a presença, o cuidado e o afeto”, diz Juliana.
Neste Dia das Mães, entre mensagens carinhosas e gestos simbólicos, fica o convite à escuta, ao reconhecimento e ao apoio a essas mulheres que, com diferentes histórias, carregam no peito a coragem de transformar o mundo — um filho por vez.
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