Isis Valverde comenta assassinato de menino Rhuan: “Me feriu a alma”
O garoto levou 12 facadas, foi degolado vivo e esquartejado. As responsáveis pelo crime hediondo cogitaram dar fim ao corpo desmembrado em uma churrasqueira.
“Demorei dias para deglutir tanta maldade e desumanidade”. Isis Valverde, mãe de Rael, de 6 meses, usou as redes sociais nesta sexta-feira (14/06/2019) para comentar o assassinato do menino Rhuan Maycon da Silva Castro, morto pela própria mãe e sua companheira em 31 de maio, em Samambaia (DF).
O garoto levou 12 facadas, foi degolado vivo e esquartejado. As responsáveis pelo crime hediondo cogitaram dar fim ao corpo desmembrado em uma churrasqueira. Diante do fato, Isis se mostrou chocada e entristecida em publicação feita no Instagram.
“Passei dias com um aperto no peito sem conseguir falar sobre o assunto. Me feriu a alma ler e escutar aqueles dois monstros falando sobre como massacraram esta criança com a maior frieza do mundo”, escreveu a atriz. “Eu, sendo mãe, não consigo realizar como alguém conseguiu cometer algo tão obscuro como este assassinato. Tive pesadelos envolvendo a história e hoje decidi escrever aqui uma homenagem a esta criança linda, que não escolheu nascer, não escolheu morrer, que não escolheu nada”, completou Isis.
No relato, a global pediu justiça: “Espero que a justiça seja feita nos céus e na terra, afinal, nem um animal irracional mata sua cria. Não consigo imaginar que tipo de seres são estes que fizeram isto com esta indefesa, amedrontada criança. Quanta dor, quanto medo este menino não sentiu!”.
Por fim, fez um apelo a Deus e deixou sua homenagem a Rhuan. “Deus, receba esta alma com todos os louvores dignos de um ser de luz e que os céus nos ilumine e nos livre de criaturas monstruosas como as que ele conheceu. Amém! Rhuan Maycon, um anjo que passou pela terra”, concluiu.
Crime
O homicídio ocorreu na noite de 31 de maio, na QR 619 de Samambaia Norte, onde o casal morava. Perícia feita no imóvel mostra que a assassina confessa e a companheira organizaram malas e documentos antes do assassinato. A polícia acredita que as duas pretendiam fugir após o crime.
As acusadas, que estão presas e isoladas no Presídio Feminino do DF, foram indiciadas nessa terça-feira (11/06/2019) por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima; lesão corporal gravíssima, por terem mutilado Rhuan – elas deceparam o pênis e os testículos do menino há dois anos; tortura, por ter provocado o suplício de uma criança, que sofria dores intensas e dificuldade enorme para urinar; ocultação de cadáver, pelo fato de terem tentado se livrar das partes do corpo; por último, fraude processual, uma vez que tentaram limpar a cena do crime, lavando os cômodos da casa. Se condenadas, podem pegar 57 anos de prisão.
A polícia acredita que os órgãos do menino podem ter sido usados em algum tipo de ritual macabro, pois nunca foram encontrados. A dupla alegou que o crime foi cometido porque o garoto queria se tornar menina, por isso a castração de forma caseira e artesanal. E também pelo fato de Rhuan ter sido supostamente fruto de um estupro cometido pelo ex-marido da autora. “Ela alegou que, por isso, tinha ódio do filho”, disse o delegado adjunto da 26ª DP (Samambaia), Guilherme Melo. Porém, o policial explicou que, em diligência em Rio Branco (AC), não encontrou indícios de que esse crime tenha ocorrido.
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