No inverno o risco de infarto aumenta em 30%
Médico cardiologista Fernando Cândido Martins esclarece as dúvidas sobre o tema
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a cada ano mais de 15 milhões de pessoas no mundo morrem vítimas de infarto agudo do miocárdio – mais conhecido como ataque cardíaco. No inverno, o risco aumenta em 30%. O médico cardiologista, Fernando Cândido Martins, da Medical/Hapvida, esclarece as dúvidas sobre o tema e explica como identificar um infarto.
O risco de infarto no inverno é maior por quê?
Com a temperatura mais baixa, existe uma maior vasoconstrição periférica porque há contração do corpo, os vasos diminuem perifericamente, aumenta a frequência cardíaca e, consequentemente, ocorre uma redução da circulação no músculo do coração e menor oxigenação. Esse estreitamento do vaso faz com que áreas que tenham placas se fechem e levem ao rompimento ou oclusão dos vasos, levando ao infarto. Há trabalhos consagrados que mostram que o frio pode aumentar em 30% o risco de infarto.
Quais outros fatores de risco para o infarto?
Problemas respiratórios nesta época do ano, principalmente os infecciosos pulmonares, também influenciam, pois podem instabilizar eventuais placas nas artérias que podem se romper e levar ao infarto ou até um AVC. Por isso o papel da vacina contra a gripe é significativo porque diminui o risco de infecções respiratórias, as secundárias principalmente e, consequentemente, reduz a possibilidade de instabilidade de placas das artérias coronárias e até cerebrais.
Há um grupo de risco
Os grupos de maior risco são os idosos, doentes bronquíticos crônicos, os obesos, diabéticos não controlados, sedentários e que não se alimentam corretamente. Há, também, maior perigo a quem exagera no consumo de carboidratos.
Como identificar um infarto e o que fazer quando isso acontecer?
Os sinais de infarto são dor no peito, dor precordial persistente que pode também ser nos braços e às vezes na região da mandíbula, de forte intensidade, acompanhada de náuseas, mal-estar excessivo e sudorese. O paciente precisa procurar um hospital porque o risco de estar em processo de infarto é grande e precisa rapidamente de intervenção médica.
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