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Estudo detecta substâncias cancerígenas na água de Limeira; BRK Ambiental rebate

Concessionária afirma que água distribuída em Limeira atende integralmente a todos os padrões de potabilidade e de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde


Por Redação Educadora Publicado 11/03/2022

O relatório Mapa da Água de 2022, divulgado pela ONG Repórter Brasil, na última terça-feira (7), mostrou que a água distribuída em Limeira possui “níveis altos de substâncias consideradas cancerígenas”. As informações vêm de testes realizados por empresas de abastecimentos e enviados ao Ministério da Saúde. De acordo com o levantamento, foram detectados ácidos haloacéticos “acima do limite de segurança”, em amostras colhidas entre 2018 e 2020. De acordo com o Mapa da Água, os riscos são maiores para pessoas que bebem a água contaminada de maneira recorrente ao longo de meses ou anos.

O ácido haloacético é um subproduto do processo de desinfecção da água feita com cloro ou cloramina, substâncias utilizadas para a eliminação de material orgânico e inorgânico. Durante o processo de limpeza da água, são formados cinco ácidos – dicloroacético, tricloroacético, monocloroacético, bromoacético e dibromoacético – que, quando presentes em quantidades além do recomendado, podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver câncer. Além disso, existe o risco de as pessoas terem o fígado, pâncreas, testículos e sistema nervoso afetados pela ingestão desses ácidos.

Em nota, a BRK Ambiental, concessionária responsável pelo serviço de tratamento de água de Limeira, informou que os níveis de ácido haloacético só ficaram acima do limite de segurança em duas situações, uma em dezembro de 2019 e outra em outubro de 2020. De acordo com nota enviada à Educadora, a concessionária informou que os resultados não devem ser analisados de forma isolada. “Quando isso ocorre, os dados são registrados no Siságua e novos testes são realizados. Em todas as demais milhares de análises efetuadas, o padrão manteve-se dentro dos limites recomendados. É por isso que, conforme a legislação vigente, para este parâmetro, os resultados das análises não devem ser interpretados de forma isolada, mas considerando a média móvel dos últimos 12 meses. Isso significa que a água distribuída em Limeira atende integralmente a todos os padrões de potabilidade e de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, cita a concessionária.

OUTRAS SUBSTÂNCIAS

O Mapa da Água mostrou, também, que outras substâncias prejudiciais à saúde da população foram encontradas na água distribuída em Limeira, porém em níveis que não apresentam riscos à saúde da população.

Entre elas, estão agrotóxicos, substâncias radioativas, substâncias orgânicas e inorgânicas e subprodutos de desinfecção. Os itens foram classificados como substâncias que possuem um maior risco de gerar doenças crônicas, como o câncer, e substâncias que geram risco à saúde.

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