Serra Negra (SP) volta a exigir o uso de máscaras em escolas
Já em Campinas, nota técnica recomenda manutenção do uso de máscaras por crianças em locais fechados das escolas
A cidade de Serra Negra (SP) voltou a tornar obrigatório o uso de máscaras em escolas e recomendou a utilização do item de proteção em locais públicos e em estabelecimentos comerciais – além do transporte público e em unidades de saúde e hospitais.
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Um decreto publicado no último dia 12, assinado pelo prefeito Elmir Chedid (União Brasil), afirma que a medida é necessária em razão do aumento dos casos de covid-19 no município. Segundo a Prefeitura, no início do mês de abril eram registrados, em média, três casos por semana. No fim de mês, a média semanal já estava em torno de 15 registros, e saltou para 57 casos na primeira semana de maio.
“Conforme dados da Secretaria de Saúde, nas últimas seis semanas foram registrados 85 casos, sendo cerca de 25% na faixa etária de 10 a 20 anos”, diz a Prefeitura.
Com 29,5 mil habitantes, Serra Negra contabilizava até este domingo (15), 4.885 casos de covid-19, desde o início da pandemia, e 84 mortes, segundo dados do governo do estado. Em janeiro, Chedid já havia tomado uma medida polêmica quando prometeu multar em R$ 1.000 quem estivesse com o contaminado pelo coronavírus e não ficasse em isolamento.
CAMPINAS
Já a cidade de Campinas vive um embate. Na última semana, a Secretaria de Saúde definiu em uma reunião que se mantém favorável à obrigatoriedade do uso de máscaras nas escolas. Na segunda-feira (9) a Câmara de Campinas aprovou, em segunda discussão, o projeto que visa tornar o uso facultativo, porém, para que a proposta passe a valer, o texto precisa ser sancionado pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos).
Após aprovação desse projeto, o Comitê Municipal de Enfrentamento da Pandemia de Coronavírus de Campinas divulgou n quinta-feira (12) uma nota técnica onde recomenda a permanência do uso obrigatório de máscaras por crianças nos ambientes fechados das escolas.
No documento, o comitê considera a sazonalidade das doenças respiratórias, baixa cobertura vacinal em crianças contra a covid-19 e gripe e alta taxa de ocupação de leitos neonatais e pediátricos e a dificuldade de ampliação de leitos pediátricos e neonatais.
A nota cita outros fatores como: frequência escolar ser obrigatória, diferente de outros locais, como festas, shoppings, entre outros, em que a ida é facultativa e decidida pela família das crianças. Além da baixa exposição das crianças ao vírus respiratórios durante a pandemia gerando acúmulo de susceptíveis e a adoção de medidas não farmacológicas são complementares e se aplicam a todos os vírus respiratórios bem como auxiliam na proteção dos mais vulneráveis.
Com a decisão do Comitê, a tendência é que o prefeito Dário Saadi vete o projeto aprovado pela Câmara e formalize a decisão da manutenção das máscaras no ambiente escolar nos próximos dias.
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