Michelle assume protagonismo do casal Bolsonaro em marcha com evangélicos
Em busca dos votos femininos, o presidente tem dado maior protagonismo a Michelle na campanha de reeleição
A participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) neste sábado (12) na Marcha para Jesus no Rio de Janeiro foi marcado pelo protagonismo da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que acompanhou o marido no evento religioso.
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Com uma camiseta das cores da bandeira do Brasil, a primeira-dama acompanhou o presidente em cima trio elétrico, que percorreu um trajeto de cerca de três quilômetros até a Praça da Apoteose -local conhecido pelos desfiles de Carnaval carioca.
Durante o trajeto, Michelle pulou, fez coreografias ao som de canções evangélicas, mandou beijos para a plateia e puxou uma oração. Também participaram do ato líderes evangélicos como o pastor Silas Malafaia, além do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
Em busca dos votos femininos, o presidente tem dado maior protagonismo a Michelle na campanha de reeleição. Nas últimas semanas, ela discursou da convenção de lançamento da candidatura de Bolsonaro e também tem acompanhado o presidente em atos religiosos.
Neste sábado, em um discurso de três minutos em cima do trio elétrico, Bolsonaro não falou em eleições, mas voltou a evocar uma “luta contra o comunismo”.
“Eu sempre peço a Deus todos os dias, quando me levanto, que esse povo maravilhoso não experimente as dores do comunismo. Nós sabemos o que está em jogo nesse Brasil e peço a Ele, todo-poderoso, que ilumine cada um de a vocês para tomarem as melhores decisões possíveis”, afirmou.
Na sequência, ele disse esperar que o Brasil seguirá como um país onde “a liberdade religiosa vai continuar se fazendo presente”.
Por fim convocou o público a ir pro ato do Sete de Setembro: “Vamos todos, no dia Sete de Setembro, estarmos presentes em Copacabana, onde vamos dar um grito muito forte dizendo a quem pertence a nossa nação e o que nós queremos”.
A despeito do chamado do presidente para a comemoração pela Independência em Copacabana, o prefeito Eduardo Paes (PSD) informou que não houve nenhum pedido das Forças Armadas nesse sentido.
Em edital publicado no Diário Oficial do Município de 4 de agosto, a prefeitura indicou que a comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil acontecerá na região central, na avenida Presidente Vargas, em torno do Pantheon de Caxias.
Generais do Alto Comando do Exército e do Ministério da Defesa tentam convencer o Bolsonaro a não realizar o desfile militar na orla de Copacabana por questões logísticas e de segurança.
A Marcha para Jesus reuniu milhares de evangélicos na região central do Rio desde o começo da tarde ensolarada deste sábado. Parte do público carregava bandeiras do Brasil. De cima de trios elétricos, participantes soltavam gritos como “O Rio de Janeiro é de Jesus”.
Em mais de uma vez houve saudações e pedidos de orações para o presidente e Castro. Ambulantes vendiam ao público bandeiras do Brasil e com o rosto de Bolsonaro.
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