Evo Morales deixa asilo no México e vai para a Argentina
Evo chegou num voo que deixou Cuba na noite anterior, e está realizando os trâmites burocráticos no Ministério do Interior.
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou na manhã desta quinta-feria (12) a Buenos Aires e ficará no país na condição de asilado, segundo confirmou o chanceler argentino, Felipe Solá.
Evo chegou num voo que deixou Cuba na noite anterior, e está realizando os trâmites burocráticos no Ministério do Interior.
“Evo Morales, seu vice, Álvaro García Linera, o ex-chanceler e uma ex-ministra, vieram com ele”, declarou Solá a meios argentinos. O chanceler disse aos meios locais que “Evo está muito agradecido, ele nos disse que se sente melhor aqui que no México”, disse.
“Há um mês cheguei ao México, país irmão que nos salvou a vida. Estava triste e destroçado. Agora cheguei à Argentina, para seguir lutando pelos mais humildes e para unir a #PátriaGrande, estou forte e animado. Agradeço ao México e à Argentina por todo seu apoio e solidariedade”, postou em uma rede social.
Evo já havia demonstrado intenção de vir à Argentina, país onde estão também seus dois filhos, para estar mais próximo da Bolívia e atuar, a partir do país, na liderança de seu partido, o MAS (Movimento ao Socialismo), segundo contou em uma entrevista a um programa de TV argentino, quando ainda estava no México.
Nessa ocasião, Evo disse que queria estar perto do país durante o processo eleitoral que deve ocorrer entre março e abril, segundo relatou à reportagem a chanceler Karen Longaric.
Na Argentina, há uma comunidade de mais de 600 mil bolivianos registrados e, de maneira informal, estima-se que esta população chegue a um milhão. As filas para votar em dia de eleição boliviana, na embaixada deste país, são sempre muito grandes.
O trajeto desde o México até Cuba foi realizado num avião venezuelano. Ainda não foi revelado qual aeronave Evo teria usado para chegar a Buenos Aires desde a ilha caribenha.
Evo tinha deixado o México com a justificativa de que iria fazer exames médicos em Cuba. O fato de o governo argentino ter mudado na terça-feira (10) o liberou para poder vir.
A nova administração da Argentina não reconhece o governo de Jeanine Áñez e ela não foi convidada para a posse de Fernández. “Para nós, na Bolívia há uma ditadura neste momento, houve rompimento da institucionalidade”, disse o novo presidente.
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