Irã tem 15 mortes por coronavírus e até vice-ministro da saúde está doente
A região de Qom, epicentro da epidemia no Irã, não foi colocada sob quarentena, mas cerimônia religiosas foram suspensas
Com 15 mortes pelo novo coronavírus, o Irã já é o
segundo país com mais mortes no surto, depois da China, que registra
mais de 2,5 mil óbitos. O vice-ministro da Saúde iraniano, Iraj Harirsh,
é um dos diagnosticados com a doença, informaram autoridades nesta
terça-feira, 25. País vizinhos, como os Emirados Árabes, a Turquia e a
Armênia, já anunciaram suspensão de voos para o Irã, que tem sido
cobrado por mais transparência para divulgar informações sobre o alcance
do surto.
“Ontem à noite tive febre e testes preliminares deram positivo”, afirmou
o vice-ministro, em vídeo. “Me isolei desde o último teste. E comecei o
tratamento, acrescentou Harirsh, que na véspera havia tossido e
transpirava excessivamente durante uma coletiva de imprensa. Segundo o
governo, há 95 casos registrados no Irã.
A região de Qom, epicentro da epidemia no Irã, não foi colocada sob
quarentena, mas cerimônia religiosas foram suspensas. Em outras
províncias, como Teerã, ônibus e vagões de metrô foram desinfetados
durante a noite. O Irã ainda busca a origem do vírus em seu território. O
ministro da Saúde, Said Namaki, afirmou que um dos mortos de Qom era um
comerciante que viajava com frequência à China.
O presidente iraniano, Hasan Rohani, pediu calma à população e disse que
esta epidemia não é pior do que outras já enfrentadas pelo país. No
exterior, o governo tem sido acusado de esconder informações sobre o
surto. Um legislador local chegou a dizer que o número de óbitos pode
ser de cerca de 50. As autoridades prometem transparência.
Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos, cobrou
transparência de Teerã. “Os Estados Unidos estão muito preocupados sobre
as informações de que o regime iraniano pode ter ocultado detalhes
importantes sobre a epidemia”, declarou Pompeu a jornalistas nesta
terça. (Com agências internacionais)
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