Brasil tem 672.846 infectados pelo coronavírus
Em 24 horas foram 27.075 novas infecções
Após uma semana com pelo menos três novos recordes de mortes por causa do novo coronavírus em 24h, o Brasil registrou neste sábado 904 novas vítimas fatais. O total, desde que o vírus passou a circular no país, é de 35.930 mortes.
O número de infectados também cresceu, chegando a 672.846 casos. Em 24 horas foram 27.075 novas infecções. O número pode ser maior, sobretudo nos casos, já que o país é um dos que tem os menores índices de testagem do mundo, limitando os exames no sistema público a casos graves e profissionais da saúde e da segurança.
Na última quinta-feira (4), exatamente cem dias após a confirmação do primeiro caso no país, o Brasil registrou 1.473 mortes em 24h, o equivalente a mais de uma morte por minuto.
O Brasil já superou a Itália em número de mortos e é o terceiro país do mundo com mais vítimas, atrás apenas dos EUA e do Reino Unido. Em número total de casos confirmados, o Brasil é o segundo mais afetado do planeta, atrás dos Estados Unidos.
A última semana foi marcada por tentativas do governo federal de mitigar o impacto do número de casos e de mortes no país. O Brasil passou a restringir o acesso público aos dados sobre a doença. O portal do Ministério da Saúde que reunia as informações ficou fora do ar por mais de 24h.
No fim da tarde deste sábado, o site voltou a funcionar, mas já não apresentava mais o total de vítimas da Covid-19 nem o total de casos confirmados, apenas estatísticas da sexta-feira (5).
O aplicativo da Pasta também deixou de exibir o ícone “situação”, por meio do qual era possível saber o número total de vítimas e de pessoas infectadas.
Além disso, em pelo menos duas ocasiões, os dados sobre a pandemia, que costumavam ser compartilhados diariamente por volta das 19h, foram divulgados por volta das 22h.
Especula-se que a razão seria uma tentativa de evitar que o Jornal Nacional, exibido pela TV Globo, noticiasse as informações. Ao ser questionado, o presidente Jair Bolsonaro não confirmou ter dado ordem para a mudança de horário, mas disse que “acabou matéria no Jornal Nacional” e defendeu a divulgação tardia.
“Não interessa de quem partiu [a ordem para modificar o horário], é justo sair às 22h, é o dado completamente consolidado. Muito pelo contrário, não tem que correr para atender a Globo”, disse.
De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro atraso, na terça-feira (3), aconteceu devido à “problemas técnicos”. A pasta também defendeu o novo horário para divulgação, pois evitaria subnotificação dos dados.
O novo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Wizard, disse em entrevista à Folha de S.Paulo que deve haver revisão dos critérios para a contabilização dos dados e sua divulgação. Sem apresentar provas, Wizard diz desconfiar dos dados de mortes pelo coronavírus divulgados até o momento.
✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.