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Após trocas de técnicos, maioria dos clubes melhorou no Brasileiro

Neste ano, após a disputa de 22 rodadas, foram 15 trocas de comando envolvendo 12 clubes da Série A


Por Folhapress Publicado 03/10/2019
Érico Leonan/saopaulofc.net

Defendida por cartolas e, algumas vezes, por jogadores como uma medida para melhorar o desempenho dos times ao longo do campeonato, as trocas de técnico têm dado resultado neste Campeonato Brasileiro. Neste ano, após a disputa de 22 rodadas, foram 15 trocas de comando envolvendo 12 clubes da Série A, sendo que 7 dos 10 técnicos contratados com o campeonato em andamento que já completaram ao menos quatro partidas pelos seus novos clubes melhoraram o aproveitamento de seus times no torneio.

Entre os demitidos durante o Campeonato Brasileiro, Luiz Felipe Scolari foi o que caiu com o melhor desempenho. Quando deixou o Palmeiras a equipe tinha conquistado 62% dos pontos disputados. Seu sucessor, Mano Menezes, assumiu a equipe e conseguiu cinco vitórias e um empate. Com o atual técnico, o Palmeiras tem aproveitamento de 88% dos pontos, desempenho melhor que o de Jorge Jesus, técnico do Flamengo, que lidera o Brasileiro.

O português, contratado em junho pelo clube, substituiu Abel Braga, que deixou o posto com aproveitamento de 55% no Brasileiro. Com Jesus no comando, o time contabiliza aproveitamento de 82%. Nesse caso, os méritos não são apenas do técnico português, que contou com a chegada de reforços após a saída do seu antecessor, como Filipe Luis, Rafinha, e Marí.
“Primeiro tivemos de incorporar nossa ideia, como uma equipe técnica nova, com ideias completamente novas. Não digo que são melhores, apenas diferentes. Somos uma equipe que, quando não temos a bola, procuramos recuperá-la rapidamente”, afirmou Jesus em entrevista à Folha de S.Paulo.

A mudança de estilo de jogo é um resultado comum após a troca de treinador, principalmente quando ela é motivada por maus resultados. No São Paulo, por exemplo, saiu Cuca, que prega um futebol enérgico e pragmático, e entrou Fernando Diniz, que monta times que trocam muitos passes, objetivando um “futebol bonito”, como o próprio treinador descreve. “Infelizmente meu estilo não casou. Que venha outro profissional para tirar mais”, disse Cuca em sua saída.

No Palmeiras, Mano Menezes também diz que o jeito da equipe jogar mudou com a sua chegada. “Meu time joga com um pouco mais de aproximação, um pouco mais de posse de bola (que o de Felipão). (…) O time tem que construir essa capacidade de trabalhar a bola, saber levar a marcação para um lado e usar o outro com qualidade. Abrir linhas na defesa”, afirmou.

Apenas três clubes tiveram desempenho pior após a troca de treinador: Fortaleza, Goiás e Chapecoense. Com Rogério Ceni, o Fortaleza conquistou 35% dos pontos em 13 rodadas. O ex-goleiro do São Paulo deixou a equipe cearense e foi para o Cruzeiro. Em Minas Gerais, teve desempenho superior ao do seu antecessor, Mano Menezes, mas acabou demitido após desentendimento com o jogadores da equipe, como Thiago Neves e Dedé.

Após a saída de Ceni do Cruzeiro, o Fortaleza mandou embora o seu substituto Zé Ricardo, que venceu apenas 1 dos 7 jogos em que comandou a equipe, e contratou de volta o ex-goleiro do São Paulo.

A Chapecoense conquistou 30% dos pontos com Ney Franco; com o interino Emerson Cris, que treinou o time por oito jogos, o aproveitamento caiu para 25%. Hoje, o técnico da equipe é Marquinhos Santos, que disputou só duas partidas. Ney Franco foi para o Goiás substituir Claudinei Oliveira, e o aproveitamento da equipe caiu de 47% para 43%.

Dez das 15 trocas de técnicos deste Campeonato Brasileiro aconteceram após a pausa para a Copa América. Uma foi feita em meio à pausa –o CSA demitiu Marcelo Cabo e contratou Argel Fucks.

Em apenas uma rodada, a 21ª, quatro treinadores caíram: Cuca (São Paulo), Rogério Ceni (Cruzeiro), Zé Ricardo (Fortaleza) e Oswaldo de Oliveira (Fluminense). Uma rodada depois, mais um foi demitido, o treinador Enderson Moreira, que estava no Ceará.

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