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Busca por técnico estrangeiro aumenta e 2022 começa com mais forasteiros do que 2021

Nunca neste século uma temporada do futebol nacional havia se iniciado com seis comandantes de fora do país na elite


Por Folhapress Publicado 15/01/2022
Busca por técnico estrangeiro aumenta e 2022 começa com mais forasteiros do que 2021
Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

O português Paulo Sousa, 51, e o uruguaio Alexander Medina, 43, já se apresentaram aos seus novos comandados e deram início à pré-temporada no Flamengo e no Internacional, respectivamente. Antonio “Turco” Mohamed, argentino de 51 anos, foi anunciado na última quinta-feira (13) pelo Atlético-MG e em breve começará a trabalhar com a equipe mineira.


O trio se junta a outros três estrangeiros que comandam clubes da Série A do Campeonato Brasileiro: o também lusitano Abel Ferreira, 43, do Palmeiras, o paraguaio Gustavo Morínigo, 44, do Coritiba, recém-promovido à primeira divisão, e o argentino Juan Pablo Vojvoda, 46, do Fortaleza.


Nunca neste século uma temporada do futebol nacional havia se iniciado com seis comandantes de fora do país na elite. Tanto em 2021 como em 2020, que detinham o recorde até então, quatro clubes tinham começado o ano com nomes não brasileiros.


Jorge Jesus, um dos responsáveis por essa busca de treinadores de outros países, em razão de seu sucesso à frente do Flamengo em 2019, foi considerado pelo próprio clube carioca como uma opção para assumir o time após a saída de Renato Gaúcho. Seu compatriota Paulo Sousa acabou ficando com o cargo.


Demitido do Benfica, Jesus também foi desejado pelo Atlético-MG, outro negócio que não se concretizou. Os títulos do português pelo Flamengo há dois anos intensificaram a procura dos rivais por suas versões particulares (e raras) de estrangeiro que chega, logo se adapta e vence. Na temporada 2020, no ano seguinte às conquistas de Jesus na Libertadores e no Brasileiro, dez técnicos de fora desembarcaram em clubes da primeira divisão.


No ano passado, o número foi menor, mas a busca continuou grande: nove treinadores comandaram equipes da Série A.


Entretanto, apesar da aposta constante em forasteiros, vale para esses profissionais a mesma lei da curta duração que aflige muitos técnicos brasileiros.


Dos nove que passaram por clubes da elite em 2021, apenas Abel Ferreira, Juan Pablo Vojvoda e Gustavo Florentín viraram o ano empregados.


Os argentinos Ariel Holan e Diego Dabove se despediram com dois meses de trabalho. O espanhol Miguel Ángel Ramírez, que começou o ano no Internacional, foi embora depois de três meses.


Nem mesmo um título conseguiu manter Hernán Crespo por uma temporada inteira no São Paulo. Campeão paulista, erguendo troféu que tirou o clube do Morumbi de uma fila de nove anos, o argentino não resistiu à instabilidade da equipe no Brasileiro e foi demitido.


Há mais de um ano no comando de suas equipes, Abel Ferreira e Gustavo Morínigo são exceções. Ambos amparados, é claro, pelos resultados, mas também pela manutenção do trabalho em meio às turbulências.
O palmeirense chegou ao país em outubro de 2020 e em pouco mais de três meses já havia conquistado os títulos da Copa Libertadores e da Copa do Brasil.


Embora tenha tido um começo exitoso no Palmeiras, Abel conviveu com as críticas de partes da torcida e da imprensa ao longo da última temporada, que começou com queda na semifinal do Mundial de Clubes e derrotas na Supercopa do Brasil e na Recopa Sul-Americana. Mais adiante, ficou com o vice-campeonato paulista, perdendo a decisão para o São Paulo. Contudo, o português manteve a equipe sempre nas primeiras 

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