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Palmeiras terá de pagar R$ 130 mil ao São Paulo pelo aluguel do Morumbi

Palmeiras não podia realizar a partida no Allianz Parque, cedido a um evento de drive-in com transmissão da final da Liga dos Campeões, entre Paris Saint-Germain e Bayern de Munique


Por Estadão Conteúdo Publicado 24/08/2020
Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras

O Palmeiras vai pagar ao São Paulo R$ 130 mil como taxa de aluguel do estádio do Morumbi, utilizado como local da partida do último domingo (23) contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro. O valor foi revelado nesta segunda-feira (24) no boletim financeiro do jogo, documento publicado pela própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ao todo o clube alviverde teve um custo de R$ 172,2 mil com a partida.

O clássico foi disputado no Morumbi porque o Palmeiras, mandante da partida, não podia realizar a partida no Allianz Parque, cedido a um evento de drive-in com transmissão da final da Liga dos Campeões, entre Paris Saint-Germain e Bayern de Munique. Com o Pacaembu em obras, a diretoria palmeirense escolheu o estádio são-paulino pela qualidade do gramado e por não precisar viajar para outras cidades.

O valor do aluguel foi acertado entre as diretorias de Palmeiras e de São Paulo dias antes da partida. O jogo teve vitória do time alviverde por 2 a 1 sem a presença de torcida, por causa da pandemia do novo coronavírus. Foi a primeira vez em 13 anos que o Palmeiras voltou ao Morumbi como mandante.

O documento publicado pela CBF mostra a assinatura de um representante do Palmeiras como ciente das despesas do jogo. Fora o aluguel de R$ 130 mil, a equipe teve custos com a arbitragem, prestadores de serviço, alimentação de funcionários da segurança e despesas com o controle de dopagem. Toda a despesa de R$ 172,2 mil consta como responsabilidade do mandante, o Palmeiras.

Pelo contrato firmado entre Palmeiras e Allianz Parque, a cada vez que o time não puder atuar na arena por causa de um evento, ele deve ser ressarcido por uma multa. O valor corresponde a 50% da renda bruta com a bilheteria da partida disputada em outro estádio. No entanto, o Estadão apurou que para o caso específico de jogos disputados sem público, como foi neste domingo, não há no contrato uma cláusula que delimite o que deve ser feito.

A reportagem entrou em contato com o clube e a administração da arena para questionar como serão divididos os custos da partida, mas não houve retorno. É possível que esse tema seja discutido até mesmo na câmara de arbitragem, junto com outras pendências relativas ao contrato entre as duas partes. O Palmeiras, por exemplo, exige o ressarcimento de todos os jogos disputados fora do Allianz Parque desde a inauguração, enquanto a gestora entende que deve ser reembolsada por despesas do estádio referente a água e luz nos dias das partidas.

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