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Proibido de contratar, Santos não paga parcelas de quatros reforços de 2019

Nova punição da Fifa tem base na dívida pela contratação de Soteldo junto ao Huachipato (CHI)


Por Folhapress Publicado 17/09/2020
Foto: Ivan Storti/Santos FC

O Santos está proibido pela Fifa de contratar jogadores por três janelas de transferência. A nova punição da entidade foi homologada nesta quarta-feira (16), na CBF, com base na dívida pela contratação de Soteldo junto ao Huachipato (CHI). O venezuelano, no entanto, foi apenas um dos quatro atletas que o clube trouxe acertando pagamento parcelado – nenhum dos acordos foi cumprido.

Completam a lista de reforços que não foram pagos o zagueiro Felipe Aguilar, o volante Jobson e o meia Cueva. Os dois primeiros tiveram a primeira parcelada acertada com os clubes de origem, enquanto nenhuma das parcelas foi paga no caso do peruano, que está na Fifa.

O Santos acordou pagar US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 18 milhões na cotação atual) por 50% dos direitos econômicos de Soteldo em três parcelas, mas não honrou nenhuma delas.

O Huachipato acionou o Santos na Fifa e conseguiu a punição de três janelas, uma vez que o time alvinegro já estava bloqueado de realizar contratações, por causa da dívida com o Hamburgo (ALE) pela contratação de Cléber Reis. O valor hoje gira na casa de 4,5 milhões de euros (R$ 28 milhões atualmente).

Já Aguilar foi adquirido junto ao Atlético Nacional (COL) por US$ R$ 1,1 milhão (R$ 5,5 milhões hoje) dividido em três parcelas. Somente a primeira foi paga e os colombianos também acionaram a Fifa, em processo que ainda tramita.

Cueva, por sua vez, foi comprado do Krasnodar (RUS) por US$ 7 milhões (R$ 36 milhões hoje) em três parcelas anuais. A primeira venceu no início deste ano, quando o peruano já havia abandonado o Santos sem comunicar o clube e se juntado ao Pachuca (MEX). O caso foi parar na Fifa, em processo que envolve os três clubes, e a parcela não foi paga.

O único clube com o qual o Santos tem acordo, por ora, é o Red Bull Bragantino, pela dívida na contratação de Jobson. O time alvinegro pagou R$ 1,5 milhão no ato da compra, mas não acertou a segunda parcela de mesmo valor um ano depois. O antigo clube do volante aceitou um parcelamento de 15 vezes de R$ 100 mil, que foi feito em junho e tem sido cumprido até aqui.

A lista de imbróglios em contratações recentes do Santos ainda acumula outras casos. Marinho e Luan Peres, por exemplo, foram reforços que chegaram ao clube com acordo para pagamento em parcela única, não à vista nem em várias parcelas.

O Santos acertou cerca de R$ 5 milhões com o Grêmio por Marinho em dia, mas atrasou R$ 1 milhão ao Club Brugge (BEL) pelo empréstimo de Luan Peres -outro processo que foi parar na Fifa, mas já resolvido e com valor acertado.

Há ainda o caso envolvendo Eduardo Sasha, que chegou ao time em 2018 por empréstimo, depois acabou ficando em definitivo em troca pelo lateral Zeca. Neste ano, porém, o Santos acordou a aquisição de mais 50% dos direitos econômicos do atleta de forma parcelada, em 24 vezes.

O clube alvinegro não honrou os compromissos, e o Internacional chegou a estudar entrar na Justiça, mas fez um novo acordo com o Santos que resultou na ida de Yuri Alberto para o clube gaúcho.

Hoje, Sasha é jogador do Atlético-MG após ter entrado na Justiça contra a equipe da Vila Belmiro por atrasos salariais. Os clubes fizeram um acordo para que o Santos recebesse cerca de 1,5 milhão de euros (R$ 9,6 milhões).

Das contratações feitas em 2019, somente três não representam problema de atrasos para o clube hoje: o goleiro Everson, o lateral Felipe Jonatan e o centroavante Fernando Uribe.

A dupla que veio do Ceará foi paga à vista por insistência do clube nordestino, que se mostrou irredutível em receber a multa rescisória antes de liberá-los. O Santos pagou R$ 4 milhões por Everson, que abriu mão de cerca de R$ 2 milhões para o negócio sair, e R$ 6 milhões pelo lateral esquerdo.

Já o colombiano foi adquirido por R$ 5 milhões junto ao Flamengo, e o valor foi abatido do que os cariocas ainda tinham de pagar ao Santos pela aquisição do atacante Bruno Henrique. Uribe entrou na Justiça contra o time alvinegro por atrasos salariais e tenta rescisão de contrato.

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