Rogério Ceni deixa o comando do Cruzeiro
A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (26) após reunião com a diretoria celeste
Rogério Ceni está oficialmente fora do Cruzeiro. O treinador não resistiu no cargo após o desentendimento que teve com os jogadores por causa de Thiago Neves, depois do empate em 0 a 0 contra o Goiás, na noite da última quarta-feira (25), em jogo válido pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (26) após reunião com a diretoria celeste. Em pouco mais de um mês, Ceni criou atritos e não conseguiu contornar o clima ruim com alguns jogadores tarimbados do elenco. Em sua curta passagem, ele comandou o time em oito ocasiões, vencendo duas, empatando duas e perdendo quatro partidas.
Rogério foi oficializado no Cruzeiro na tarde de um domingo, dia 11 de agosto, horas antes da partida contra o Avaí.
Dois dias depois, foi apresentado oficialmente na Toca da Raposa. Desde as primeiras horas, notou-se que o treinador tentaria colocar em prática sua filosofia de muita intensidade e posse de bola. Isso ficou evidente já na primeira partida contra o Santos, vencida por 2 a 0. Nos jogos seguintes, empate fora de casa contra o CSA e vitória simples contra o Vasco. Então, a relação com o novo clube começou a ruir.
O ponto-chave que iniciou o desgaste de Ceni com o elenco do Cruzeiro foi na partida contra o Internacional, pela Copa do Brasil. Além de ser eliminado com uma derrota por 3 a 0, o treinador ainda precisou ouvir uma crítica pública do meia Thiago Neves, que questionou as mudanças e improvisações de Ceni.
No final de semana seguinte, derrota por 4 a 1 em Belo Horizonte para o Grêmio. Pior que a derrota foi a maneira como o time perdeu e se comportou em campo. Bastante sincero em sua entrevista, Ceni colocou em xeque sua permanência mais de uma vez.
Nas últimas três semanas, torcedores organizados do Cruzeiro iniciaram uma série de protestos na saída do estádio, nas sedes do clube, na Toca da Raposa e até em frente à casa do presidente e outros dirigentes. O único que teve apoio unânime foi Rogério Ceni. Recentemente, o mesmo discurso foi dado por Marcelo Djian, diretor de futebol, que concedeu entrevista e garantiu que o técnico teria respaldo total para mudar o que quisesse na equipe.
Mas a situação do treinador, que não estava totalmente controlada, voltou a ficar ruim após o jogo no Castelão. Rogério conversou com o grupo, mas deixou o vestiário após ouvir Dedé sair em defesa de Thiago Neves, que ficou no banco de reservas durante a partida. Ceni ainda se encontrou com Itair Machado. O vice-presidente de futebol alegou falta de clima e sugeriu que o treinador pedisse demissão do cargo.
Agora, a diretoria do Cruzeiro volta a ganhar mais um problema. Depois de ficar com Mano Menezes por mais de três anos, ela se despede de Rogério Ceni após menos de dois meses. O futuro e terceiro técnico da temporada terá a missão de afastar a equipe da zona do rebaixamento. Somente com o Brasileirão pela frente, o time ainda enfrenta uma crise financeira, com atrasos de salários e falta de receitas em um futuro próximo.
✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.