Sucesso em edição inaugural, campeonato extra rende frutos à NBA
O Los Angeles Lakers se tornou o primeiro vencedor do torneio, inegável e, para muitos, surpreendente sucesso
Terminou na noite de sábado (9) a edição inaugural do In-Season Tournament, um campeonato dentro do campeonato na liga norte-americana de basquete (NBA). Com uma vitória por 123 a 109 sobre o Indiana Pacers, o Los Angeles Lakers se tornou o primeiro vencedor do torneio, inegável e, para muitos, surpreendente sucesso.
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Em uma tentativa de combater a letargia geralmente observada no princípio da temporada, que tem seu tapinha inicial no fim de outubro, a direção da liga criou uma competição à parte pelo troféu batizado de NBA Cup. Os 30 times foram divididos em seis grupos, com oito classificados às quartas de final -o líder de cada chave e os melhores segundos colocados.
Exceção feita à decisão –realizada em Las Vegas, com assim como as semifinais, com megaprodução–, todas as partidas valeram também para a tabela de classificação tradicional. Mas, para ficar claro que havia mais em jogo, todas as equipes atuaram com uniformes criados especificamente para o certame extra. Mudou também o desenho das quadras, com gritantes pisos em cores do tipo neon e uma grande taça pintada no centro.
Mais importante: havia dinheiro na mesa. Cada jogador do time campeão levou US$ 500 mil (R$ 2,46 milhões). Também foram premiados os derrotados na final (US$ 200 mil ou R$ 983 mil), nas semifinais (US$ 100 mil ou R$ 492 mil) e nas quartas de final (US$ 50 mil ou R$ 246 mil). E os atletas não fizeram questão de fingir que a grana era um detalhe.
“Tenho certeza de que o cara mais rico do mundo ficaria feliz em receber US$ 500 mil”, afirmou antes da Kris Middleton, que só nesta temporada receberá US$ 29,3 milhões (R$ 144 milhões milhões) do Milwaukee Bucks. “Estamos todos empolgados com a oportunidade de levar um dinheiro extra”, acrescentou, antes de cair nas semifinais.
LeBron James, cujo rendimento anual no Los Angeles Lakers é de US$ 47,6 milhões (R$ 234 milhões), foi outro a falar abertamente sobre o tema. “Há US$ 500 mil em jogo, e vamos atrás”, afirmou o craque, após a primeira vitória da campanha. “Eles estão bem cientes de que tem uma maleta ali”, observou em seguida seu técnico, Darvin Ham. “O dinheiro fala, cara”.
O valor da premiação, claro, é ainda mais significativo para os jogadores de menor salário. Aqueles que têm contrato do tipo “two-way” -atuam no time de apoio, na liga secundária, e podem contribuir com a equipe principal em um número limitado de partidas- ganharão neste ano US$ 559.782 mil (R$ 2,75 milhões). Ainda que o prêmio deles no In-Season Tournament seja a metade do recebido pelos demais, os US$ 250 mil (R$ 1,23 milhão) levados pelos atletas “two-way” campeões já representam um aumento polpudo.
“Obviamente, é um dinheiro extra, uma coisa que pode ajudar sua família”, afirmou Neemias Queta, um dos “two-way” do Boston Celtics, eliminado nas quartas de final. “É mais uma razão para estar motivado”, concordou Saben Lee, “two-way” do Phoenix Suns, antes de também cair nas quartas.
Essa motivação proporcionou o que a NBA buscava: estrelas em quadra, sem o habitual regime de descanso, jogos competitivos e alto interesse do público. A média de espectadores nos ginásios foi a melhor de novembro na história da liga, com 18.206 pessoas por confronto. Ainda na fase de grupos, as emissoras que transmitem nacionalmente os jogos, a ESPN e a TNT, registraram aumento de audiência de 26%.
Há várias outras métricas, mas todas apontam a mesma direção: o torneio extra é um sucesso, algo particularmente importante em um momento de renegociação dos direitos de TV. O In-Season Tournament estreou de modo experimental, mas parece seguro dizer que a edição primeira não será a única.
Isso não quer dizer que não ocorrerão ajustes, do questionado desenho das quadras ao sistema de disputa, considerado confuso por parte dos fãs e até por alguns atletas. O critério de desempate na primeira fase, por exemplo, baseado no saldo de pontos, gerou situações inusitadas.
Existe na NBA uma regra não escrita que recomenda que se evitem combates desnecessários quando o jogo está claramente decidido. O Boston Celtics vencia o Chicago Bulls por 32 pontos e começou a fazer faltas propositais em Andre Drummond, notório mau arremessador de lances livres, o que revoltou o técnico dos Bulls, Billy Donovan.
“Estamos absolutamente abertos a alternativas”, afirmou o vice-presidente de estratégia de basquete da liga, Evan Wasch, que, apesar das reclamações menores e das sugestões de mudança, está muito satisfeito. “Do nosso ponto de vista, o torneio foi um incrível sucesso.”
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