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Novak Djokovic pode perder Roland Garros se não se vacinar contra a covid-19

Djokovic chegou a Belgrado, capital da Sérvia, nesta segunda-feira (17), após ser deportado da Austrália ao ter seu visto cancelado pela segunda vez pelo governo


Por Folhapress Publicado 17/01/2022
Novak Djokovic pode perder Roland Garros se não se vacinar contra a covid-19
Foto: Divulgação/ATP Shanghai Masters

O tenista sérvio Novak Djokovic, 34, pode perder o direito de disputar o Torneio de Roland Garros, na França, se não se vacinar contra a covid-19. O Ministro dos Esportes francês voltou a afirmar que não haverá isenção para uma nova lei sobre vacinas aprovada no país. O texto, recém-aprovado no Parlamento, exigirá que as pessoas tenham um certificado de vacinação para entrar em locais públicos, como estádios, restaurantes, cafés, cinemas e trens de longa distância. “A regra é simples. O passe de vacina será imposto, assim que a lei for promulgada, nos estabelecimentos que já estavam sujeitos ao passe de saúde”, afirmou o ministério, alertando que o cenário pode ser modificado nos próximos meses.

“Isso se aplica a todos que são espectadores ou esportistas profissionais. E isso até novo aviso. Agora, no que diz respeito a Roland Garros, será em maio. A situação pode mudar daqui para frente e esperamos que seja mais favorável. Então veremos, mas claramente não há isenção”. Djokovic chegou a Belgrado, capital da Sérvia, nesta segunda-feira (17), após ser deportado da Austrália ao ter seu visto cancelado pela segunda vez pelo governo.

A Corte Federal australiana negou seu recurso e com isso impediu a participação do atleta, que não está vacinado contra a covid-19, no Australian Open. A deportação de Djokovic ocorreu na noite de domingo, no horário local, inicialmente num voo comercial para Dubai. A chegada ao seu país foi acompanhada por alguns fãs que o saudaram com gritos e bandeiras, mas, pelo menos no aeroporto de Belgrado, ele despertou mais a atenção da mídia do que da população em geral, segundo os relatos da imprensa que acompanhou o desembarque.

O sérvio declara residência em Monte Carlo e possui propriedades em várias cidades, como Belgrado, Nova York e Marbella (Espanha). Ele seria a figura central na noite de abertura do Australian Open, porém o torneio começou sem a sua presença nesta segunda. “Estou extremamente desapontado com a decisão do tribunal de rejeitar meu recurso contra a decisão do ministro da Imigração de cancelar meu visto, o que significa que não posso ficar na Austrália e não poderei participar do Australian Open”, disse o sérvio, em comunicado emitido depois de receber a ordem de deportação.

Nos últimos 11 dias, o governo australiano revogou o visto do atleta duas vezes e o deteve em um hotel de imigrantes. O último motivo alegado é que a sua presença poderia despertar um sentimento antivacina em meio a uma onda de infecções no país. O tenista contestou as decisões na Justiça, venceu a primeira rodada e perdeu a decisiva, no domingo. “Espero que agora possamos nos concentrar no jogo e no torneio que eu amo”, afirmou o atleta ao reconhecer que estava fora do torneio em Melbourne.

Ele pode ficar três anos sem o direito de entrar na Austrália, o que dificultaria a conquista de mais títulos de Grand Slam. Djokovic tem 20 troféus atualmente, mesmo número de Roger Federer e Rafael Nadal. O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que a decisão “enviou uma mensagem muito clara” e sugeriu que há oportunidade para pessoas que tiveram seu visto cancelado retornarem “nas circunstâncias certas”. De acordo com ele, isso será considerado futuramente.

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