Relembre grandes jogos no Pacaembu, hoje hospital e que faz 80 anos
Com o futebol parado, o campo foi adaptado para receber vítimas da pandemia de coronavírus e não abriga uma partida desde 29 de fevereiro
Construído pela Prefeitura de São Paulo e concedido à iniciativa privada no ano passado, o Estádio Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Pacaembu, completa 80 anos nesta segunda-feira (27) numa nova função, como hospital de campanha.
Com o futebol parado, o campo foi adaptado para receber vítimas da pandemia de coronavírus e não abriga uma partida desde 29 de fevereiro, quando Santos e Palmeiras empataram em 0 a 0 pelo Campeonato Paulista.
Relembre abaixo 10 jogos marcantes da história do octogenário Pacaembu:
A inauguração
O Pacaembu foi aberto em 28 de abril de 1940, com uma rodada dupla. O Palestra Itália goleou o Coritiba por 6 a 2. Em seguida, o Corinthians derrotou o Atlético-MG por 4 a 2. Zequinha, do Coritiba, fez o primeiro gol da história do estádio.
Recorde de público
Em 24 de maio de 1942, o atacante Leônidas da Silva, artilheiro da Copa de 1938, estreou pelo São Paulo em um clássico contra o Corinthians, no Pacaembu. O público total foi de 71.281 pessoas, sendo 63.281 pagantes, o maior já recebido pelo estádio. A capacidade máxima hoje em dia está em 40.199. O apelido de Majestoso, usado para o confronto entre as duas equipes, nasceu por causa do empate em 3 a 3 naquele confronto.
O Brasil na Copa do Mundo
A única partida da seleção na Copa de 1950 fora do Maracanã aconteceu no Pacaembu. Em 28 de junho daquele ano, a equipe dirigida por Flávio Costa empatou com a Suíça em 2 a 2. Foi o único jogo não vencido pelo Brasil no torneio até o último, diante do Uruguai. No total, estádio paulistano recebeu seis confrontos do Mundial.
Título e início do jejum
Em 6 de fevereiro de 1955, com a presença de 50 mil pessoas, o Pacaembu recebeu o clássico entre Corinthians e Palmeiras, válido pela decisão do Campeonato Paulista de 1954. O torneio marcava a comemoração do quarto centenário da fundação de São Paulo. Como o empate em 1 a 1, o Corinthians foi campeão e depois disso iniciou jejum de títulos de expressão que terminaria apenas no Estadual de 1977.
Clássico, troféu e garrafas
Em 29 de dezembro de 1957 o São Paulo venceu o título estadual daquele ano com vitória sobre o Corinthians por 3 a 1. Foi a última conquista do time no estádio. A decisão entrou para a história como “a tarde das garrafadas”. Após o São Paulo fazer o terceiro gol, marcado por Maurinho, uma briga generalizada começou entre os jogadores. Ao acreditarem que o atacante são-paulino estava impedido na jogada, os torcedores corintianos atiraram garrafas em campo.
Jogo dos 13 gols
Considerada a maior partida da história do estádio, o Santos venceu o clássico contra o Palmeiras por 7 a 6 em 6 de março de 1958, pelo Torneio Rio-São Paulo. O placar teve três viradas, até Pepe fazer o gol decisivo aos 43 minutos do 2º tempo. O confronto criou a lenda não confirmada que cinco pessoas teriam sofrido infarto vendo o clássico.
Decisão do Brasileiro
Com o Morumbi em reformas, o Pacaembu voltou a ser o principal estádio de São Paulo na metade dos anos 1990. Era o único local possível para a final entre Corinthians e Palmeiras, no Brasileiro de 1994. Com o empate em 1 a 1 em 18 de dezembro, o Palmeiras conquistou o segundo título nacional consecutivo, o oitavo em sua história.
Primeira Libertadores
O Santos foi o primeiro time brasileiro a ser campeão da Libertadores no Pacaembu (em 2002, São Caetano e Olímpia jogaram no estádio, mas os paraguaios venceram). Em 15 de junho de 2011, a equipe paulista derrotou o Peñarol-URU por 2 a 1 e voltou a conquistar o mais importante torneio sul-americano depois de 48 anos.
Título e luto
Em 4 de dezembro de 2011, pela última rodada do Brasileiro, o Corinthians precisava apenas de um empate diante do Palmeiras para ser campeão nacional pela quinta vez. Isso aconteceu com o placar de 0 a 0, que teve quatro expulsões e briga entre os jogadores. O jogo ficou marcado também por ter sido realizado no dia da morte de Sócrates, um dos maiores nomes da história corintiana, que ocorrera horas antes.
Fim do jejum
O 4 de julho de 2012 entrou para a história como a noite em que o Corinthians acabou com a piada dos adversários por não vencer a Libertadores. Com a vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors (ARG), gols de Emerson Sheik, o time foi campeão sul-americano pela primeira vez e garantiu vaga no Mundial daquele ano, em que conquistaria o troféu ao bater o Chelsea (ING).
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