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Russell vence GP São Paulo de F1, e ‘brasileiro’ Hamilton completa dobradinha da Mercedes

Depois que o safety car saiu da pista, Russell segurou a liderança, enquanto Lewis Hamilton e Max Verstappen travaram um duelo à parte, com direito ao toque do holandês no carro do inglês


Por Folhapress Publicado 13/11/2022
Russell vence GP São Paulo de F1, e 'brasileiro' Hamilton completa dobradinha da Mercedes
SÃO PAULO-SP, BRASIL 13-11-2022 – CORRIDA DA FÓRMULA 1 – Piloto da Mercedes, George Russell, na corrida principal do GP São Paulo de F1, no autódromo de Interlagos. (Foto: Ronny Santos/Folhapress, ESPORTE)

O inglês George Russell, da Mercedes, conquistou a primeira vitória de sua carreira no GP São Paulo de F1 neste domingo (13). Uma vitória incontestável na qual o britânico liderou de ponta a ponta e terminou à frente do seu colega de equipe, Lewis Hamilton, e do espanhol Carlos Sainz, da Ferrari.


Dito isso, a simbiose entre Hamilton e os fãs brasileiros é o que mais chama atenção no autódromo de Interlagos.


O heptacampeão, que largou da segunda posição, mas sofreu com uma batida do holandês Max Verstappen, teve que fazer uma corrida de recuperação para consolidar a dobradinha da Mercedes no pódio. Já o holandês, campeão da atual temporada com quatro corridas de antecedência, terminou em 6º lugar.


A vitória tranquila de Russell não reflete a temperatura do circuito em Interlagos.
Logo após a largada, o australiano Daniel Ricciardo, da McLaren, e o dinamarquês Kevin Magnussen, da Haas, bateram na primeira volta. 13º colocado no Mundial de Pilotos, Magnussen havia conseguido uma surpreendente pole position para a corrida sprint, classificatório, ocorrido no sábado (12), para a corrida oficial deste domingo.


Depois que o safety car saiu da pista, Russell segurou a liderança, enquanto Lewis Hamilton e Max Verstappen travaram um duelo à parte, com direito ao toque do holandês no carro do inglês.


A colisão rendeu uma punição de cinco segundos para Verstappen –o mesmo para Lando Norris, da McLaren, depois de ter batido na Ferrari de Charles Leclerc, que rodou na pista e voltou com o bico quebrado.


O público brasileiro passou a ser ainda mais duro com o holandês, que correu sob vaias. Para Hamilton, aplausos. Nesse cenário, o inglês fazia uma prova de recuperação e chegou a assumir a liderança provisória da corrida no momento em que Russell foi para o boxes.


Coube a Emerson Fittipaldi, 75, primeiro brasileiro a vencer na categoria e a conquistar o Mundial de Pilotos (1972), a missão de dar a bandeira final. “É algo que traz uma lembrança muito forte desde que eu comecei a correr em Interlagos, desde que eu corri de motocicleta, das tantas corridas que eu fiz”, disse Fittipaldi, que neste ano concorreu a uma vaga no Senado da Itália, mas não foi eleito.


O GP São Paulo neste domingo, realizado duas semanas depois das eleições mais tensas do país, transcorreu de forma tranquila. O momento mais quente ocorreu logo depois que a cantora Iza, acompanhada da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, cantou o hino nacional do Brasil. Parte do público deu início ao grito de “Mito”, e a outra respondeu com “Lula”.


Essa disputa verbal entre os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durou poucos minutos, até o momento em que foi dada a largada.


Antes de a corrida começar, a reportagem localizou dois homens próximos de um dos portões de acesso ao autódromo distribuindo folhas, em formato A4, com a bandeira do Brasil e a mensagem #BrazilWasStolen [O Brasil foi roubado]. No material, a frase Ordem e Progresso foi substituída por “Censura não!”.


Os manifestantes, que não quiseram revelar seus nomes, explicaram que o objetivo é aproveitar a corrida de F1 para mostrar à mídia mundial o quanto os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) estão sob censura.


A campanha obteve adesão de uma minoria. O ponto mais alto talvez, foi no momento em que alguns fãs de F1 levantaram os cartazes e chamaram o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ladrão. “Ninguém é mau perdedor, a contestação é porque não teve transparência e só queríamos eleições justas”, disse a empresária Letícia Feller Pereira, 27.


A próximo e última corrida da F1 será no domingo (20), em Abu Dhabi.

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