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Barragem da Vale em MG com dobro de rejeitos de Brumadinho tem trinca de 7 metros

Em caso de rompimento rejeitos atingiriam comunidade onde vivem 700 pessoas


Por Redação Educadora Publicado 21/12/2019

Um relatório da Feam (Fundação Estadual de Meio Ambiente) aponta que a barragem de Laranjeiras, da Vale tem uma trinca de 7 metros de comprimento e 8 centímetros de largura. A estrutura pertence à mina de Brucutu, que fica em São Gonçalo do Rio Abaixo, a 88 km de Belo Horizonte.

A fissura é irregular, com quatro intervalos com espessuras entre 10 e 15 cm e extensão de 20 a 25 cm. A RecordTV obteve com exclusividade os detalhes da auditoria.

Há quinze dias, a  Vale suspendeu parte da produção da mina de Brucutu, que é a segunda maior do Brasil, e explicou que vai operar nos próximos dois meses com 40% da capacidade. Segundo o comunicado, a produção de minério de ferro será reduzida em 1,5 milhão de tonelada por mês.

A mineradora não detalhou os problemas identificados na mina, apenas informou que fazia “avaliações sobre as caraterísticas geotécnicas da barragem”. São estas trincas e deslizamentos que constam no documento da Feam.

Em caso de rompimento rejeitos atingiriam comunidade onde vivem 700 pessoas (Reprodução/RecordTVMinas)Em caso de rompimento rejeitos atingiriam comunidade onde vivem 700 pessoas
(Reprodução/RecordTVMinas)

O que diz a Vale

Em resposta à RecordTV e ao R7, a Vale destacou que a barragem de Laranjeiras não perdeu a declaração de estabilidade e que  “tem feito reuniões periódicas com os órgãos competentes e informado a comunidade”.

Confira a nota completa:

“Desde 2/12/19, a Vale suspendeu, de forma temporária, a disposição de rejeitos na barragem Laranjeiras,  advindos da mina de Brucutu, enquanto conduz avaliações sobre as características geotécnicas da barragem. A situação está controloda e sendo tratada, com monitoramento sendo realizado 24h por dia. A barragem Laranjeiras teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) emitida em 30 de setembro de 2019. O documento permanece válido.

Importante destacar que durante a paralisação, a barragem adota o protocolo de emergência em Nível 1, que não requer evacuação da população a jusante, de acordo com a ANM.

A Vale tem feito reuniões periódicas com os órgãos competentes e informado a comunidade, além de manter equipe de Relacionamento com a Comunidade para prestar os esclarecimentos aos moradores.

Já foram instaladas placas de rotas de fuga e ponto de encontro em toda região da ZAS e  disponibilizados veículos com sistema de alerta na  Zona de Segurança Secundária ( ZSS). A Vale já está tratativa com a Defesa Civil para agendamento do simulado de emergência para a comunidade.

A barragem Laranjeiras foi construída pelo método para a jusante, considerado um dos mais seguros. O seu volume atual é de atual 25,8 milhões M³ e com capacidade para 53 milhões M³.”

 

*Leia a matéria completa no R7

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