Brasil barra voos de África do Sul e Reino Unido para impedir entrada de nova variante do coronavírus
Além disso, fica suspensa a autorização de embarque para pessoas que tenham origem ou que passaram pelo Reino Unido e pela África do Sul nos últimos 14 dias
Uma portaria do governo federal publicada nesta terça-feira (26) proíbe a entrada de passageiros de voos vindos do Reino Unido e da África do Sul. Um dos motivos seria o impacto epidemiológico que as novas variantes do coronavírus podem causar no Brasil.
“Ficam proibidos, em caráter temporário, voos internacionais com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pelo Reino Unido e pela África do Sul”, diz o texto publicado no Diário Oficial da União.
Além disso, fica suspensa a autorização de embarque para pessoas que tenham origem ou que passaram pelo Reino Unido e pela África do Sul nos últimos 14 dias.
Entre as medidas adotadas em caso de descumprimento da portaria, estaria a deportação de passageiros para o país de origem.
A portaria é assinada pelos ministros Eduardo Pazuello (Saúde), André Mendonça (Justiça e Segurança Pública) e Walter Souza Braga Netto (Chefe da Casa Civil).
Estrangeiros de outros países permanecem liberados para entrar no Brasil por via aérea. Entretanto, devem comprovar que não estão com covid-19 poe meio do teste RT-PCR. Ele deve ser feito até 72 horas antes do embarque.
A portaria restringe também a entrada de estrangeiros por via terrestre ou transporte aquaviário. A entrada continua liberada para pessoas do Paraguai ou que residem em cidades que fazem fronteira com o Brasil, exceto da Venezuela.
Muitas variantes do coronavírus surgiram desde o início da pandemia. Estudos sugerem que a mutante chamada B117, detectada no Reino Unido, é mais transmissível que as formas anteriores.
A variante levou mais de 40 países a bloquearem a entrada de viajantes do território britânico. O Brasil já havia proibido a entrada no país de voos do Reino Unido em dezembro.
Essa variante foi encontrada no Brasil pelo laboratório Dasa em parceria com a USP (Universidade de São Paulo) a partir de sequenciamento genético.
Segundo o ECDC (European Centre for Disease Prevention and Control), estima-se que a nova linhagem tenha uma transmissibilidade até 70% superior ao que se tem como parâmetros atualmente. Mas não há indícios de que ela seja mais letal.
Outra variante, chamada de 501.V2 e detectada na África do Sul, é diferente da encontrada no Reino Unido. Entretanto, compartilham uma alteração comum, chamada N501Y na proteína spike. Isso é o que as tornaria mais infecciosas.
A variante sul-africana possui uma mutação a mais, chamada E484K.
No Brasil, houve um caso de reinfecção com uma variante chamada B.1.1.248, que possui a mutação E484K, identificada inicialmente no país africano.
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