Brasil registra 1.764 mortes por covid-19 no último sábado (22)
A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 1.920
O Brasil registrou 1.764 novas mortes pela covid-19, no último sábado (22). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 1.920, com uma pequena queda em relação ao dia anterior, quando marcou 1.963. Mas a subida nos números na última semana está gerando apreensão. Especialistas já vinham alertando que o pico da pandemia de covid-19 ainda não tinha passado no Brasil, mas em muitos lugares optou-se pela flexibilização das regras de isolamento social.
A média móvel de óbitos estava em 1.910 no último sábado, mas durante a semana foi subindo e voltou a se aproximar da marca de 2 mil mortes. Já a média móvel de casos, na mesma data, estava em 62.855, mas desde então cresceu até chegar a quase 65 mil casos. Ainda não dá para saber se isso é reflexo da flexibilização das medidas restritivas em muitos lugares ou por causa de recentes aglomerações pelo feriado do Dia do Trabalho ou pelo Dia das Mães. Um dado que deixa o alerta ligado é que a taxa de ocupação dos leitos de UTI para covid-19 cresceu 7,5% desde o final de abril na rede hospitalar privada do Estado de São Paulo. Pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios (SindHosp), realizada entre 11 e 17 de maio, mostrou que 85% dos hospitais já têm ocupação superior a 80%.
Neste sábado, o número de novas infecções notificadas foi de 70 345 casos. Na sexta-feira haviam sido 77.598. No total, o Brasil tem 448.291 mortos e 16.046.501 casos da doença, a segunda nação com mais registros de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 14.422.209 pessoas estão recuperadas. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
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