Campanhas da coligação de Covas relatam ameaças do crime organizado na periferia de SP
As ações seriam represálias contra a atuação das polícias, vinculadas ao governo de São Paulo, hoje sob comando de João Doria (PSDB)
Integrantes de campanhas da coligação do prefeito Bruno Covas (PSDB) têm relatado ameaças do crime organizado em comunidades na periferia de São Paulo.
A reportagem conversou com pessoas ligadas às campanhas e teve acesso a áudios e vídeos que citam um suposto “salve” de criminosos para evitar o trabalho dos membros dessas campanhas, principalmente em áreas da zona sul da capital paulista.
As ações seriam represálias contra a atuação das polícias, vinculadas ao governo de São Paulo, hoje sob comando de João Doria (PSDB).
A campanha de Covas à reeleição confirmou também ter recebido relatos nesse sentido.
Segundo trabalhadores contratados pelos candidatos, as equipes têm sido barradas com a justificativa de que campanhas do PSDB e mesmo de partidos aliados estão proibidas nas comunidades.
Também há relatos de que materiais de divulgação já colocados tiveram de ser retirados -em alguns casos até queimados. Além de integrantes das campanhas sendo barrados, os áudios e vídeos que circulam via WhatsApp também têm assustado os moradores de comunidades tanto na zona sul como na zona norte.
Uma das mensagens, atribuída à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), faz críticas ao PSDB devido a ações truculentas da PM nas comunidades.
O áudio afirma que “não vamos admitir nenhuma quebrada apoiando esse partido político e aonde for constatado irmão companheiro apoiando será trocado outro tipo de ideia”.
O problema já faz com que candidatos da coligação de Covas, que reúne ainda MDB, DEM, PP, PL, Cidadania, Podemos, PSC, PROS, PV e PTC, comecem a produzir material próprio, sem menções ao PSDB e à campanha majoritária, para distribuir nos lugares onde há o “veto” aos tucanos.
Procurada, a campanha do prefeito afirma que ele “não tem medo de cara feia e muito menos de ameaças do crime organizado”.
“São Paulo não é, nunca foi, e não vai virar o que, lamentavelmente, o Rio de Janeiro se transformou. As ameaças são reflexo do nosso trabalho”, afirmou, em nota, o coordenador da campanha de Covas, Wilson Pedroso.
“Vamos continuar nossa campanha, dentro dos preceitos democráticos, com alegria e ética”, acrescentou.
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