Castelo de Zé Rico continua sem comprador
O local está tomado por vegetação descontrolada, janelas quebradas e pichações nas paredes
Em quase uma década, não surgiu nenhum comprador interessado na imponente propriedade, o Castelo, de 4,84 hectares e mais de 100 quartos pertencente a Zé Rico, que formava a famosa dupla com Milionário.
O cantor faleceu em 2015 devido a problemas cardíacos, e desde então o “castelo” construído pelo sertanejo, localizado às margens da Rodovia Anhanguera (SP-330), no bairro Jaguari em Limeira (SP), tem sido negligenciado.
O local está tomado por vegetação descontrolada, janelas quebradas e pichações nas paredes. Na época de sua morte, José Rico havia começado a construção do “castelo” há 24 anos, mas nunca viu a obra concluída.
O imóvel, avaliado inicialmente em R$ 15,2 milhões, estava disponível por R$ 1,6 milhão até 12 de setembro de 2023, valor mínimo para o leilão judicial. No entanto, não houve nenhum interessado que formalizasse uma proposta.
A empresa responsável pelo leilão informou que recebeu consultas de pessoas interessadas em obter mais informações sobre a propriedade, mas nenhuma delas fez uma oferta concreta.
VENDA DO CASTELO
De acordo com o filho de José Rico, a venda do imóvel foi necessária para quitar dívidas trabalhistas. Um ex-funcionário da dupla entrou com uma ação em 2015, alegando que não teve direitos trabalhistas básicos, como:
- Registro em carteira de trabalho;
- Descanso Semanal Remunerado (DSR);
- Pagamento de horas extras, adicionais noturnos e 13º salário;
- Férias;
- FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O ex-funcionário também afirma que acumulava várias funções e não pôde acessar o seguro-desemprego, além de ter sofrido danos morais.
O juiz do trabalho Marcelo Luis de Souza Ferreira, do TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região), determinou uma condenação de R$ 6,7 milhões em decisão publicada em 16 de julho de 2021. Esse valor inclui honorários advocatícios, periciais, custas processuais, juros, imposto de renda, contribuições previdenciárias e indenização ao ex-funcionário.
Em novembro de 2022, a juíza Paula Cristina Caetano da Silva, da 2ª Vara do Trabalho de Americana, anunciou a penhora do imóvel.
A MANSÃO
A propriedade ocupa uma área total de 4,8 hectares, equivalente a 48 mil metros quadrados, e possui mais de 100 quartos. Inicialmente, a Justiça do Trabalho penhorou 21,2% dessa área, avaliada em R$ 3,2 milhões. A avaliação total da mansão é de R$ 15,2 milhões.
Conhecida como “Castelo do José Rico” devido ao seu design arquitetônico, a mansão foi projetada para ser um refúgio familiar e incluir um estúdio, conforme o desejo do músico durante sua vida.
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